Norueguesa Yara e Petrobras fazem acordo para a prospecção de potenciais parcerias no Brasil

A norueguesa Yara, uma das maiores produtoras de fertilizantes do mundo, informou que sua subsidiária no Brasil firmou um memorando de entendimento não vinculante com a Petrobras visando estudos de potenciais parcerias de negócios no segmento de adubos, insumos industriais e projetos de descarbonização da produção no Brasil.

Pressionada pela queda dos preços dos fertilizantes, no ano passado a receita global da Yara recuou 35,4%, para US$ 15,5 bilhões, o resultados antes de juros, impostos, depreciação de amortização (Ebitda) caiu 65,5%, para US$ 1,7 bilhão, e o lucro líquido da empresa desabou para US$ 54 milhões, ante US$ 2,8 bilhões em 2022.

A Petrobras ainda não divulgou o balanço consolidado de 2023, mas nos primeiros nove meses do ano sua receita de vendas diminuiu 21,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 377,7 bilhões, o Ebitda ajustado registrou queda de 26,9%, para R$ 195,4 milhões, e o lucro líquido foi 35,5% menor (R$ 93,6 milhões).

Em entrevistas recentes, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados, no Paraná, será a primeira do gênero da estatal a ter suas operações retomadas, no segundo semestre deste ano. A empresa vinha tentando sair do segmento nos últimos anos, mas como não logrou êxito em vendas suas unidades de produção, mudou de ideia. 

A fábrica de nitrogenados da Petrobrás situada em Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, também poderá ressuscitar nos próximos anos. A planta chegou a ser vendida para um grupo russo, mas o negócio acabou sendo desfeito. Outras unidades que deverão ampliar a oferta de fertilizantes no país são as que estão arrendadas para a Unigel na Bahia e em Sergipe. O Brasil é um dos maiores importadores de adubos do mundo, e reduzir essa dependência é um dos compromissos do governo Lula.