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A Zamp (ZAMP3), holding que controla as marcas de comida rápida Burger King e Popeyes no Brasil, e acabou de concluir a compra da Starbucks, pretende voltar a expandir a rede de cafeterias no País em 2025, um movimento de reversão após o fechamento de várias lojas nos últimos anos por causa dos problemas financeiros da rede.
A aquisição da Starbucks foi fechada há cerca de três semanas e a liderança da companhia já é feita pela Zamp, contou o diretor executivo da Mubadala Capital, gestora dona da Zamp, Leonardo Yamamoto após participar de debate sobre investimentos verdes em evento do UBS. A gestora tem entre seus principais investidores o fundo soberano de Abu Dhabi.
“A Starbucks é uma marca incrível, com potencial de mercado fantástico. Estava no meio de uma confusão”, disse Yamamoto. A rede de cafeterias teve que fechar mais de 50 lojas no Brasil nos últimos dois anos, em meio a problemas financeiras dela e da South Rock, a holding dona da operação da marca no mercado brasileiro, que entrou em recuperação judicial.
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Starbucks: aquisição
A aquisição da Starbucks foi anunciada em junho, por R$ 120 milhões, mas com a dona em recuperação judicial, exigia aprovações adicionais e também mais negociações. “Ainda há pendências existentes, mas pretendemos voltar a expandir a rede no ano que vem”, disse o diretor da Mubadala Capital.
Nas outras marcas detidas pela Zamp, Yamamoto disse que o processo de expansão do Burger King e do Popeyes continuam em curso. O fundo também comprou a operação da Subway no Brasil, que também pertencia à SouthRock.
O setor de alimentação é um dos que atrai o Mubadala no Brasil, explicou o gestor, por conta da necessidade de capital das companhias, que foram muito afetadas pela pandemia, ficando sem receita. Com isso, grandes empresas precisaram se endividar, e o aumento de juros pelo Banco Central fez um estrago nas companhias.
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“Várias empresas grandes, como a Starbucks, tiveram alargamento das despesas financeiras”, disse ele. O reflexo de todo esse ambiente são vários espaços vazios em praças de alimentação de shoppings. “É isso que cria oportunidades.”
“As pessoas vão continuar indo fisicamente a restaurantes, a praças de alimentação”, explicou o gestor, ressaltando que com o varejo, a tendência de digitalização é irreversível, ou seja, as pessoas tendem ir menos a lojas. “Por isso olhamos de maneira estrutural o setor de alimentação.”
O foco da Mubadala Capital é buscar ativos em situações especiais, que estejam passando por “algum deslocamento, alguma situação complexa, como disputa de sócios ou disputa regulatória”, disse Yamamoto em debate no evento do UBS. São US$ 3 bilhões investidos nessa tese, que passam por infraestrutura, consumo e até a nova bolsa que está sendo criada no Rio de Janeiro.