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Março será mês chave para a privatização da Sabesp

Com cronograma dentro do esperado, CEO da companhia diz que regulação e aceite de municípios serão determinantes para o tamanho do follow-on

Rikardy Tooge Lucinda Pinto

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O cronograma de privatização da Sabesp segue dentro do esperado, na avaliação de André Salcedo, CEO da companhia. Com a definição, em dezembro, do sindicato de bancos que tocarão o follow-on que marcará a saída do Governo de São Paulo do controle da empresa de saneamento, um contorno mais claro dos termos da operação deverá surgir a partir de março.

“Seguimos com o cronograma dentro do esperado para realizar a oferta no meio do ano”, reforça Salcedo, em rápida conversa com o IM Business. O executivo acrescenta que será em março que terminará o prazo para que 375 municípios atendidos pela Sabesp se manifestem se concordam com a desestatização da empresa e que, a partir disso, é que a companhia terá uma noção clara de sua demanda de investimentos e, assim, definir o tamanho da oferta primária, ou seja, diretamente no caixa da empresa.

“O tamanho da primária vai ser decidido quando tivermos claro os municípios que vão aderir. Por enquanto não temos nada”, prossegue. Especula-se no mercado que o follow-on poderia ser a partir de R$ 10 bilhões por conta da expectativa de receita extra posta no orçamento enviado pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) à Assembleia Legislativa do Estado. Além desse montante, o governo deverá definir também uma oferta secundária, recurso que irá para a criação de fundo estadual que atuará para reduzir a tarifa de água e esgoto para a população.

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André Salcedo, CEO da Sabesp (Divulgação)

Em paralelo, o governo estadual também discute com a Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp) mudanças no modelo de regulação dos contratos de saneamento. O debate, o qual administração da Sabesp não participa, busca diminuir a discricionariedade da agência nos reajustes das tarifas aos usuários, definindo, por exemplo, indicadores mais objetivos para isso.

No fim de 2023, a Sabesp e o governo de São Paulo escolheram os bancos responsáveis pela operação de privatização em Bolsa. Bank of America, Citi, UBS-BB e BTG serão os responsáveis pelo follow-on. A opção de dois players locais e dois estrangeiros para a transação visa fazer frente à procura de grandes fundos internacionais por uma fatia da companhia.

IM Business

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Rikardy Tooge

Repórter de Negócios do InfoMoney, já passou por g1, Valor Econômico e Exame. Jornalista com pós-graduação em Ciência Política (FESPSP) e extensão em Economia (FAAP). Para sugestões e dicas: rikardy.tooge@infomoney.com.br