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JBS e BRF apostam alto na produção de peru

Únicas a produzirem no Brasil empresas, vivem alta no consumo doméstico e aguardam liberação da UE para ampliar exportação

Alexandre Inacio

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Só duas empresas no Brasil produzem e abatem peru. BRF (BRFS3), com a marca Sadia, e JBS (JBSS3), com a marca Seara. E ambas apostaram alto nesse segmento neste ano, especialmente para atender à demanda das festas de fim de ano, no Brasil e no exterior.

Em geral, o cenário se mostra positivo. Dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) mostram que a produção vai crescer entre 10 mil e 20 mil toneladas em 2023. No ano passado, foram produzidas 162 mil toneladas de carne de peru.

Mas não é apenas o brasileiro que está comendo mais peru. De janeiro a novembro, as exportações cresceram 17%, para 67 mil toneladas. Os principais destinos foram México (16 mil toneladas), África do Sul (11,5 mil toneladas) e União Europeia (10,4 mil toneladas).

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Produção de peru no Brasil se concentra na região Sul, especialmente no RS e SC (foto: gettyimages)

Apesar de positivos, os números já foram melhores. O Brasil chegou a produzir 350 mil toneladas de peru por ano, sendo que dois terços do volume eram exportados. A curva se inverteu em 2017, quando os europeus suspenderam as habilitações da maior parte dos frigoríficos brasileiros, depois da operação Carne Fraca.

Para o início de 2024, a expectativa é que as exportações ganhem um novo impulso. Isso porque técnicos da União Europeia estiveram vistoriando unidades por aqui. Tudo indica que as empresas voltarão a operar nos mesmos patamares anteriores a 2017. “Só está faltando o parecer final”, disse Luis Rua, diretor de mercados da ABPA.

Uma curiosidade natalina. As aves que ocupam espaço nas mesas durante as festas são fêmeas. Os machos são muito maiores e podem chegar a pesar 14 quilos. O Rio Grande do Sul tem o maior plantel (46%), seguido por Santa Catarina (42%) e Paraná (11%).