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Cinco anos após aquisição pela IBM, Red Hat vê “ponto zero” com IA generativa

Empresa adquirida há cinco anos pela IBM vai marcar 'ponto zero' de ampla adoção de inteligência artificial

Iuri Santos

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Cinco anos após sua aquisição pela gigante da tecnologia IBM (IBMB34), a Red Hat se prepara para um “ponto zero” promovido pela ampla adoção da inteligência artificial (IA) generativa. A empresa prepara um quarto pilar de negócios relacionada ao tema, para auxiliar companhias na execução de aplicações do tipo.

Se a empresa não é tão familiar quanto sua compradora para quem está fora do mercado de tecnologia, os resultados não deixam de brilhar aos olhos da IBM: a Red Hat é hoje responsável pelo melhor desempenho em receitas com software no negócio, anotando um aumento de 9% em 2023, contra 4,9% na média total.

“A IBM tem ajudado muito na evolução das tecnologias de inteligência artificial que estão sendo aplicadas nos produtos da Red hat. Tem um passo acelerado de desenvolvimento e evolução”, conta Alejandro Dirgan, líder da plataforma RHEL da Red Hat para a América Latina.

Há mais de dez anos, a IBM foi uma das precursoras nas pesquisas com inteligência artificial com seu Watson, supercomputador capaz de resolver problemas e dar respostas. Hoje, a companhia entra na onda da IA generativa com o watsonx, plataforma para treinamento de modelos de linguagem que suportam a tecnologia.

Alejandro Dirgan, líder da plataforma RHEL da Red Hat para a América Latina. Foto: Reprodução

“Na perspectiva da Red Hat [a inteligência artificial] é tão importante que teremos, a partir do ano que vem, uma quarta unidade de negócio, uma estrutura dedicada a isso”, diz Dirgan. Segundo explica, a ideia é que a nova linha ajude os clientes com ferramentas e consultoria para desenvolvimento de casos de uso relacionados a inteligência artificial.

Hoje, o carro-chefe da empresa é o Enterprise Linux, um sistema operacional de código aberto e principal produto da companhia na linha de infraestrutura, que em 2018 (último ano com capital aberto, antes da aquisição) teve participação US$ 1,95 bilhão na receita da companhia – mais da metade do total.

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Outras duas unidades de negócio consistem em ferramentas para otimização de aplicações e automatização de processos de tecnologia.

O ponto central das tecnologias desenvolvidas pela companhia é facilitar o desenvolvimento e operação de sistemas em nuvem híbrida – conceito baseado na interoperabilidade de armazenamento e processamento em servidores privados e nuvens públicas, o que leva à otimização de custos e desempenho.

Desempenho na América Latina

O mercado latino tem sido um importante ponto de crescimento para a empresa, e é a região que mais cresceu nos últimos seis anos fiscais. Segundo relata Drigan ao InfoMoney, o ticket médio dos negócios na região cresce de 20% a 30%, resultados impulsionados por Argentina, Brasil e México. A equipa na América Latina cresceu de 12% a 15% em 2024.

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No Brasil, os principais setores que compram os serviços das companhias são o de telecomunicações e bancos, embora a companhia tenha presença diversificada. “Hoje as empresas estão em diferentes estados de evolução. Normalmente verticais que têm companhias maiores, como telecomunicações e bancos, estão em estado de evolução tecnológica mais avançada”, diz Alejandro Dirgan.

Em 2019, a IBM adquiriu a companhia de soluções de código aberto por US$ 34 bilhões, a US$ 190 por ação.

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.