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O HSBC Holdings solicitou que centenas de gestores reapliquem para seus cargos na recém-criada divisão de Banca Corporativa e Institucional (CIB, na sigla em inglês), como parte dos esforços do CEO Georges Elhedery para tornar o banco mais eficiente.
As entrevistas já estão em andamento, segundo fontes familiarizadas com o assunto. O processo coloca executivos seniores das divisões de Banca Comercial e de Banca Global e Mercados em competição direta por posições na nova estrutura combinada do CIB.
Como parte da reestruturação, o HSBC planeja eliminar o uso do título de “gerente geral” para executivos de alto escalão, substituindo-o pelo título de “diretor-gerente,” uma designação mais comum em grandes instituições financeiras. Segundo fontes, a medida resultará na demissão de centenas de diretores e altos executivos nas próximas semanas. Representantes do HSBC, que emprega cerca de 215.100 funcionários em todo o mundo, recusaram-se a comentar.
A reestruturação segue o plano estratégico anunciado em 22 de outubro, que visa cortes de custos enquanto o banco enfrenta pressões nas margens de lucro devido a ciclos de cortes nas taxas de juros por autoridades monetárias globais. O HSBC já reduziu sua força de trabalho em mais de 100.000 funcionários nos últimos 16 anos em sucessivas tentativas de simplificar suas operações globais.
Apesar disso, os gastos operacionais subiram para US$ 8,1 bilhões no último trimestre, e o desempenho das ações do HSBC este ano ficou aquém de concorrentes como Barclays Plc e Standard Chartered Plc, mesmo após aproximadamente US$ 35 bilhões em recompras de ações nos últimos 18 meses.
A nova divisão de CIB será liderada por Michael Roberts, enquanto Barry O’Byrne supervisionará a recém-criada divisão de Gestão Internacional de Patrimônio e Premier Banking. Em entrevista à Bloomberg Television, Roberts afirmou que a reestruturação será conduzida de forma “ponderada” e que a nova estrutura de gestão estará finalizada até fevereiro.
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Além disso, o HSBC implementará mudanças em suas divisões geográficas. A unidade regional do Leste incluirá Ásia-Pacífico e Oriente Médio, enquanto o mercado Ocidental abrangerá o banco fora do Reino Unido, Europa e Américas. Hong Kong e o Reino Unido permanecerão como unidades autônomas.
Durante uma teleconferência com investidores em 29 de outubro, Elhedery reforçou que o objetivo da reestruturação não é dividir o banco, mas simplificar suas operações. Ele também destacou que os gestores seniores serão os principais alvos de cortes de empregos, resultando em economias líquidas de custos.
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