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Flamengo vê lucro desabar sem grandes vendas de jogadores; faturamento sobe

Clube contou com vendas de João Gomes e Matheus França, que trouxeram receita não recorrente de R$ 250 milhões ano passado

Rodrigo Petry

Elenco do Flamengo. Foto: Divulgação balanço
Elenco do Flamengo. Foto: Divulgação balanço

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O Clube de Regatas do Flamengo viu seu lucro líquido desabar de R$ 266,3 milhões para apenas R$ 1,9 milhão nos nove primeiros meses deste ano em relação ao ano passado, segundo as demonstrações financeiras do clube do Rio de Janeiro.

Segundo o Flamengo, a variação se deve ao fato de que, no ano passado, o lucro disparou por conta da venda dos direitos dos jogadores João Gomes e Matheus França, que juntos geraram uma receita não recorrente de R$ 250 milhões.

A receita bruta recorrente do clube, por sua vez, que não incluem a venda de atletas, somou R$ 826,5 milhões, contra R$ 778,2 milhões de 2023. Esse aumento decorre de novos contratos assinados ao longo de 2024, que irão produzir efeitos nos exercícios futuros, “indicando que este nível de receita é sustentável”.

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Receitas

A receita líquida do Flamengo somou R$ R$ 785,6 milhões, cifra inferior à registrada um ano antes, de R$ 1,022 bilhão. Enquanto isso, com futebol, o valor recuou a R$ 710,09 milhões, de R$ 969,6 milhões.

Entre as maiores receitas do clube, a principal é com direitos de transmissão, que somaram R$ 248,7 milhões até o final de setembro, mas que foram inferiores a de um ano atrás, de R$ 291,7 milhões.

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O faturamento comercial, com licenciamento & royalties e patrocínio & publicidade, aumentou para R$ 230,5 milhões, de R$ 181,8 milhões de um ano antes.

Operações de jogos, como bilheteria, estádio e sócio torcedor, caíram para R$ 191,3 milhões, de R$ 202,09 milhões, em 2023.

Jogadores

O maior impacto ficou por conta da linha de transferência de atletas, que somou R$ 73,448 milhões neste ano, contra R$ 282,278 milhões do ano passado.

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Por outro lado, o Flamengo tinha a receber, por conta de transferências passadas, um montante de R$ 145,1 milhões, ao final de setembro, ante R$ 177,6 milhões de um ano antes.

Entre os maiores valores a receber estão cifras do Sport Club Internacional (R$ 24,2 milhões), por conta da venda de Thiago Maia; do Wolverhampton (R$ 23,317 milhões), por João Victor Gomes da Silva; e do Union Deportiva Almeria (R$ 16,789 milhões), por Lázaro Marques.

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Contratações

O Flamengo, na janela de início de ano, contratou Léo Ortiz, Matias Viña e Nicolas de La Cruz, cujo pagamento pela aquisição de 100% dos seus direitos econômicos foi realizado à vista. Esses investimentos consumiram cerca de R$ 115 milhões do caixa do clube

Na segunda janela do ano, por sua vez, que se estendeu até setembro, o Flamengo repôs atletas que ficaram afastados dos gramados por conta de lesões graves, mas também contratou os atletas Carlos Alcaraz, Alex Sandro, Gonzalo Plata e Michael.

No total, até a divulgação do balanço, o Clube investiu cerca de R$ 306 milhões do caixa do Clube na aquisição de novos jogadores e na quitação de parcelas de aquisições de anos anteriores.

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Investimentos

Além do investimento em direitos econômicos de jogadores, neste trimestre, o Flamengo investiu na aquisição de terrenos para a ampliação de centro de treinamento, em melhorias na sua sede social na Gávea e, principalmente, na aquisição do terreno do Gasômetro, para construção do estádio próprio, por cerca de R$ 147 milhões.

Por fim, o clube informou que terminou o trimestre com R$ 45 milhões em caixa, entre dinheiro na conta corrente e aplicações financeiras, ante R$ 217 milhões de um ano antes, recuo justificado pela compra do terreno para novo estádio, além da aquisição de jogadores.

“Este montante ainda nos permite manter as operações saudáveis nos próximos meses, sem a necessidade de endividamento financeiro”, destaca o balancete do clube.