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Em meio a aumento de estoques, perspectivas são de alta das vendas de fertilizantes no país em 2024

Mas queda dos preços dos grãos pode limitar o avanço

Fernando Lopes

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Mesmo com a recuperação das entregas de fertilizantes aos produtores, os estoques de passagem de fertilizantes aumentaram na virada de 2023 para 2024. Segundo cálculos da consultoria Argus, o total pode ter alcançado 10,3 milhões de toneladas, um novo recorde histórico. A Mosaic, líder do segmento no Brasil, calculou o volume em 8,9 milhões em recente entrevista ao IM Business. De acordo com dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), na passagem de 2022 para 2023 o volume atingiu 8,4 milhões de toneladas.

De acordo com estimativa da Argus, as entregas somaram 44,3 milhões de toneladas em 2023, um pouco abaixo do previsto pela Mosaic (44,5 milhões a 45 milhões) mas com incremento de quase 8% na comparação com 2022. A projeção da consultoria já leva em consideração as importações que efetivamente chegaram aos portos brasileiros entre outubro e novembro e dados preliminares de line up para dezembro. No total, a Argus calcula as importações no quarto trimestre do ano passado em 12,1 milhões de toneladas. As importações abastecem mais de 80% da demanda dos produtores do país. 

A forte alta dos preços dos fertilizantes derivada da invasão russa na Ucrânia limitou as vendas no Brasil em 2022. A queda das cotações no mercado internacional abriu espaço para a recuperação das vendas no ano passado. Para 2024, as perspectivas, até agora, são de novo avanço. A Mosaic prevê aumento de 3%, ou 1 milhão de toneladas. Em evento promovido na quinta-feira pela consultoria Agroconsult, a OCP reforçou que as perspectivas para o ano são positivas, embora aa queda dos preços dos grãos seja um movimento de preocupação.