Edição gênica é a tecnologia do século XXI, diz VP de assuntos públicos da Corteva

Shona Sabnis, VP da Corteva, afirmou que o tema se tornou prioridade em sua companhia na área de pesquisa e desenvolvimento durante painel no GAFFFF

Iuri Santos

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A edição gênica de sementes é uma prioridade para a empresa de químicos agrícolas e sementes Corteva. “É a tecnologia do século XXI”, disse a vice-presidente de assuntos públicos da Corteva Agriscience, Shona Sabnis, em painel do evento  Global Agribusiness Festival (GAFFFF), em São Paulo.

Segundo a executiva, a edição gênica tem sido a prioridade da empresa quando o assunto é pesquisa e desenvolvimento. O investimento diário médio em ciência e tecnologia na companhia é de US$ 4 milhões por dia, contando finais de semana e feriados.

“Como uma empresa de tecnologia, nós pensamos na inovação. Acreditamos no poder dela e nos produtores para equilibrar essa equação”, disse Sabnis. “O momento é interessante, temos mudanças geopolíticas que impactam nosso futuro e a agricultura, a população está crescendo”, afirmou.

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Ela entende que o Brasil deve canalizar toda a tecnologia desenvolvida hoje no agronegócio para alimentar ainda mais a crescente população global. “Acreditamos que o País pode criar um impulso até maior do que o dos últimos anos, com produtores e consumidores”.

Exemplos como o aumento de terras cultiváveis no Cerrado ou a chamada Revolução Verde da Índia – segundo Sabnis, responsável por triplicar a capacidade produtiva do agronegócio indiano com apenas 20% a mais de terras – são alguns evocados pela especialista para falar sobre o impacto recente da inovação na agricultura.

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Essa evolução, defende, é transversal a produtores de todos os portes. “A Corteva tem foco na fazenda, de todos os tipos: mais organizados, tradicionais, grandes clientes. Mas o impacto que a tecnologia tem nos pequenos produtores é tão inspirador quanto nos grandes”.

Com passagens pelo setor público, Sabnis crê que o governo deve trabalhar em conjunto com as empresas para o sucesso da agronomia. “Vejo como um casamento”, diz ela, acrescentando que, para conseguir investir, empresas precisam de sistemas rápidos, ágeis, e uma tecnologia que acompanhe.

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.