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Como a Thomson Reuters encara a reforma tributária para seu negócio de contabilidade

Empresa espera aumento de complexidade durante período de transição

Iuri Santos

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O período de transição do regime tributário promovido pela reforma deve impulsionar os negócios da Thomson Reuters no Brasil, avalia a empresa. O que vem depois disso ainda é um desafio. A companhia, popular pela sua agência de notícias, tem um braço dedicado a ferramentas de tecnologia para contadores e começa a se preparar para a prometida simplificação do sistema tributário no país.

“De agora em diante, vamos ter todas as mudanças da reforma tributária. Nós vamos acompanhar nossos clientes para que possam confiar na Thomson Reuters, uma vez que é uma questão bem complexa”, diz Adrián Fognini, Diretor Geral da Thomson Reuters para América Latina. “Em curto prazo, haverá um incremento na complexidade porque os sistemas vão coexistir”, diz.

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O texto aprovado da reforma prevê um período de transição para o consumidor com duração prevista de sete anos, entre 2026 e 2032, quando os atuais impostos serão completamente substituídos pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), em nível federal, e pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), em nível subnacional. Ainda estão sendo discutidos os detalhes da regulamentação da reforma no Congresso.

Essa simplificação deve diminuir a dificuldade e até necessidade de empresas por ferramentas de contabilidade. A visão de Fognini é que, no longo prazo, consolidado esse cenário, a Thomson Reuters reforce uma posição dos contadores como parceiros estratégicos das pequenas e médias empresas, dada sua expertise.

América Latina ganha força na Thomson Reuters

Na linha de pequenas e médias empresas, principal negócio da Thomson Reuters no Brasil, o foco está justamente nos contadores, pessoas de confiança que acabam exercendo um papel próximo ao de diretor financeiro no segmento de menor porte. “A América Latina foi um motor de crescimento mais acelerado que os outros negócios ao redor do mundo. A base de clientes cresceu 10%, a receita cresceu mais ainda, mas não podemos divulgar”, diz Fognini.

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Hoje, no Brasil, há 100 mil escritórios de contabilidade com cerca de 500 mil profissionais do ramo. A Thomson Reuters tem uma base de aproximadamente 200 mil usuários em suas soluções – podendo ou não se tratar de contadores. A empresa tem projetado o seu crescimento na América Latina em regiões nas quais ainda há pouca penetração, principalmente no México. Já em mercados mais consolidados, como o Brasil, a expectativa é fortalecer o portfólio de soluções aos clientes.

Iuri Santos

Repórter de inovação e negócios no IM Business, do InfoMoney. Graduado em Jornalismo pela Unesp, já passou também pelo E-Investidor, do Estadão.