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Com inteligência artificial, seguradora digital consegue pagar sinistro em 14 minutos

IZA criou robusta base de dados para atender segmento de trabalhadores autônomos de entrega e transporte de passageiros

Augusto Diniz

Conteúdo XP

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A IZA é uma seguradora digital lançada em 2021 para atender profissionais autônomos de entrega e transporte de passageiros, além de empresas que contam com estes prestadores de serviço em sua rede.

“As seguradoras não tinhas nem apetite para trabalhar com esse público nem conseguia adaptar seus produtos dentro desse conceito”, conta Amanda Nespatti, cofundadora e head de Marketing, Vendas e Parcerias da IZA Seguradora.

Ela participou de mais um episódio do programa AcelerAI, do canal XP Educação, apresentado por Diogo França, CTO e head de produtos da Faculdade XP.

Com mais de 10 anos de experiência no mercado de seguros, Amanda tem passagem por empresas seguradoras, como a SulAmerica.

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Público desatendido pelas seguradoras tradicionais

“A nossa ideia foi desenvolver uma seguradora que não só construísse produtos, mas que ajudasse nesse dia a dia do público desatendido pelas seguradoras tradicionais”, conta.

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“Uma empresa que tivesse a agilidade de personalizar, adaptar produtos para empresas novas, novos modelos de negócios, de consumo, de trabalho, que quando se coloca num modelo mais atual da digitalização dos mercados de trabalho, muitas vezes o seguro não casava com essas necessidades”, explica.

Foi olhando para essas mudanças do mercado de trabalho e olhando os problemas que esse segmento enfrentava dentro das seguradoras tradicionais, que se decidiu desenvolver a IZA com foco no profissional autônomo.

“Os prestadores de serviço estavam 100% desatendidos pela indústria tradicional, não só pela adaptabilidade de produto, mas também pela questão de risco. Muitas seguradoras ficaram receosas de atender esse público. Estamos falando de entregadores, motoboys. É um trabalho bastante arriscado”, destaca.

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Conceito de baixo custo operacional

“As seguradoras não tinham nem apetite para trabalhar com esse público, nem conseguiam adaptar seus produtos dentro desse conceito”, acrescenta.

Amanda Nespatti explica que a seguradora teve que trabalhar com foco em muita eficiência operacional, para que conseguisse deixar o produto que oferece, de seguro de acidente pessoal e de viagem, com preço acessível para esse público.

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“A gente queria explicar da melhor forma como funciona o seguro, para que serve um seguro, o que pode ajudar um seguro e, ao mesmo tempo, escalar o conceito sem ter muitos custos operacionais”, explica.

“A IZA sempre teve essa ideia de apoiar esse público que talvez não tivesse acesso à saúde privada, nenhum tipo de produto financeiro”, ressalta.

A premissa de montar a seguradora dentro de um ambiente digital era que atendesse corretores de seguro, pessoa física, entre outros públicos do universo do seguro, sem que onerasse a estrutura operacional.

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“Existem vários pontos ali dentro da nossa estrutura de negócio que a gente pode utilizar a inteligência artificial. A gente está falando desde gestão de risco até atendimento ao cliente”, afirma.

“Quando a gente fala em gestão de risco, dentro de nosso modelo de negócio de acidente pessoal, que foi o nosso seguro inicial, estamos tratando de mais de 170 milhões de entregas ou transporte de passageiros por aplicativo em um ano. É uma quantidade de dados muito extensa”, explica.

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Inteligência artificial na base de dados

“Dentro desses dados a gente recebe quem é o motorista, qual o trajeto que está fazendo. E atrelado a isso a gente tem os dados de acidentes. Usando inteligência artificial na nossa base de dados, que é muito robusta por conta de nosso modelo de negócios de seguros intermitentes, a gente consegue prever, por exemplo, qual é o perfil de maior risco dentro do nosso segmento de negócio”, conta.

A inteligência artificial é usada também para prever as rotas dos profissionais autônomos que têm mais probabilidade de acidente.

“A gente consegue, inclusive, utilizar a inteligência artificial para verificar veracidade, verificar se faz sentido aqueles documentos, o que faz com que a gente consiga pagar sinistros rapidamente – o máximo que a gente conseguiu foi pagar em 14 minutos e isso não acontece em seguradoras tradicionais.”

A cofundadora destaca ainda que a grande vantagem da IZA é dela ter nascido no ambiente digital, possuir tecnologia no seu DNA e se adaptar com facilidade às novas tecnologias, como a inteligência artificial.

“A inteligência artificial tem a capacidade de mapear tudo isso e direcionar ali um padrão para os nossos próximos passos”, diz.