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CEO da Disney vence disputa com investidor ativista por assentos no conselho

Os acionistas rejeitaram a oferta do dissidente Nelson Peltz para um assento no conselho da gigante empresa de entretenimento.

Bloomberg

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Os acionistas da Walt Disney deram um grande voto de confiança ao CEO Bob Iger, ao rejeitar a oferta do investidor dissidente Nelson Peltz para um assento no conselho da gigante empresa de entretenimento.

Os acionistas elegeram todas as escolhas da Disney para o conselho, rejeitando a nomeação de Peltz, anunciaram os executivos nesta quarta-feira, na reunião anual da empresa. Os investidores também rejeitaram o aliado de Peltz, o ex-chefe financeiro da Disney, Jay Rasulo, e uma chapa da Blackwells Capital, outro grupo dissidente.

O resultado é uma vitória clara para Iger, de 73 anos, que tem lutado para manter Peltz fora do conselho desde que regressou como CEO, em novembro de 2022. Nos últimos meses, Iger tem procurado responder às preocupações dos investidores resolvendo uma disputa política com a Florida, trazendo novos diretores para supervisionar a sucessão e prometendo lucro em breve com o negócio de streaming da empresa.

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A Trian Fund Management, de Peltz, detém uma participação na Disney avaliada em mais de US$ 3,5 bilhões e tem lutado por assentos no conselho para resolver o atraso nos retornos aos acionistas, o que ele diz ser resultado de uma governança corporativa inadequada.

Os investidores da Disney viram a situação de forma diferente, com Peltz obtendo apenas 31% dos votos realizados, segundo pessoas familiarizadas com o assunto. Rasulo recebeu ainda menos apoio, disseram as pessoas, que pediram anonimato por discutirem resultados que não foram divulgados publicamente. Iger foi reeleito com 94% de apoio.

“Esta também é a nossa segunda tentativa com a Disney e esperamos que seja a última e que os acionistas não se decepcionem como há um ano”, disse Peltz na reunião antes do anúncio da votação. “Independentemente do resultado da votação de hoje, Trian estará acompanhando o desempenho da empresa.”

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Num comunicado após a votação, a Trian disse estar “orgulhosa do impacto que tivemos ao reorientar esta empresa para a criação de valor e boa governaça”.

As ações da Disney caíram até 2%, para US$ 120,41, após a votação. As ações subiram 36% este ano até o fechamento de terça-feira.

Na preparação para a reunião anual, Iger e o conselho conquistaram o apoio da Glass Lewis & Co., do CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, e de grandes acionistas como George Lucas, Laurene Powell Jobs, além de membros da família Disney.

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Peltz obteve o apoio dos consultores Institutional Shareholder Services e Egan-Jones, dos atuais e ex-diretores da Procter & Gamble, Mondelez International e Janus Henderson, onde, anteriormente, ocupou cargos no conselho.

Iger voltou a liderar a Disney há mais de um ano para substituir seu sucessor escolhido a dedo, Bob Chapek. Sob Chapek, a Disney sofreu grandes perdas com o streaming. Também se envolveu numa luta com o governador republicano da Florida, Ron DeSantis, sobre a legislação estatal que restringe a discussão de gênero nas escolas públicas.

No seu segundo mandato, Iger cortou custos anuais em US$ 7,5 bilhões de dólares, eliminou oito mil empregos e começou a trabalhar no fraco desempenho do negócio cinematográfico da empresa. Ele revelou planos para disponibilizar a principal programação esportiva da Disney na ESPN para telespectadores online. A empresa também designou um painel de membros do conselho para supervisionar a busca de um sucessor para Iger, cujo contrato vai até 2026.

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Além disso, a Disney restabeleceu seus dividendos, anunciou planos de investir US$ 60 bilhões em seus parques e resorts nos próximos 10 anos e aprofundou seu envolvimento no negócio de videogames por meio de um investimento de US$ 1,5 bilhão na Epic Games, fabricante do Fortnite.

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