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Alphaville anuncia aumento de capital e pretende explorar landbank de R$ 23 bi

Empresa controlada pelo Pátria renegociou sua dívida e quer ampliar volume de lançamentos nos próximos anos

Felipe Mendes

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Líder no setor de loteamentos no Brasil, a Alphaville anunciou nesta sexta-feira (15) um aumento de capital de no mínimo R$ 677 milhões, operação que pode chegar a R$ 1,228 bilhão. Com a operação, a empresa renegociou e redistribuiu seu endividamento remanescente em até dez anos, dando mais fôlego para ampliar seu volume de lançamentos e oferta de produtos.

O aumento de capital será de no mínimo R$ 677 milhões e compreenderá a capitalização de R$ 537 milhões em debêntures da companhia detidas por fundos geridos pela Ulbrex Capital e por fundos geridos pelo Pátria, controlador da empresa, que serão convertidas em ações. Além disso, haverá um aporte em dinheiro por fundos geridos pelo Pátria e por eventuais terceiros no montante de, pelo menos, R$ 140 milhões. O volume da operação pode ser de até R$ 1,228 bilhão, a depender da participação dos demais acionistas na transação.

Desde 2019, quando a empresa implantou um novo modelo de negócios, que prioriza a rentabilidade e a geração de caixa e foco em cidades com maior demanda e velocidade de vendas, a Alphaville lançou R$ 6,2 bilhões em valor geral de vendas (VGV), sendo R$ 3,2 bilhões participação da companhia. Ao todo, foram 31 projetos lançados nesse espaço de tempo. Já nos últimos 12 meses, a empresa lançou R$ 2,6 bilhões em VGV, com R$ 1,1 bilhão em participação da Alphaville.

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Além disso, a Alphaville possui um landbank de R$ 23 bilhões em potencial de lançamentos futuros — 46% serão concentrados nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro. “A companhia tem um potencial de lançamentos já contratados em áreas de R$ 23 bilhões. É um grande landbank. Nisso, nós temos cidades importantes, como o Rio de Janeiro, que tem áreas muito interessantes na região do Recreio e da Barra da Tijuca. Também temos áreas em Fortaleza e Campinas, que é um mercado importante para companhia. Então, nós estamos crescendo esse landbank principalmente em cidades maiores, com uma demanda importante para o nosso produto”, diz Klausner Monteiro, CEO da Alphaville, ao IM Business. “Como o prazo médio de aprovação de um projeto é de até cinco anos, é necessário termos um landbank robusto para suportar o crescimento da companhia.”

A operação permitirá que a companhia aumente seu caixa em 104%, permitindo novos investimentos em produtos e lançamentos futuros, além de diminuir em 52% a dívida bruta, resultando em um endividamento remanescente com carência, prazo longo e custo menor. O endividamento remanescente foi renegociado e terá vencimento em dez anos, com carência de principal e juros de três anos e redução do custo financeiro. Como resultado dessas transações, a dívida líquida da companhia terá uma redução substancial de aproximadamente 80%.

Monteiro aposta ainda que os próximos anos serão positivos diante da redução da taxa básica de juros do país. “A minha visão de mercado para 2024 é bastante positiva. A gente vê indicadores importantes que afetam o mercado imobiliário, como, por exemplo, a inflação sob controle e a taxa de juros sendo reduzida. Então, isso nos faz olhar com uma perspectiva bastante positiva”, complementa o executivo.