Bradesco é o destaque entre grandes bancos com resultado forte e queda na inadimplência

O banco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,471 bilhões, alta de 13,7% em relação ao mesmo período do ano anterior e patamar 3,8% acima das expectativas do mercado. 

Weruska Goeking

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SÃO PAULO – O Bradesco (BBDC4) manteve seu posto de favorito dos analistas entre os bancos brasileiros após reportar um resultado “forte” no terceiro trimestre, com queda na inadimplência e tendência positiva para os próximos períodos. 

O banco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,471 bilhões no terceiro trimestre deste ano, alta de 13,7% em relação ao mesmo período do ano anterior e patamar 3,8% acima das expectativas do mercado. 

Os analistas do BTG Pactual dizem que foi “o melhor terceiro trimestre entre os ‘bancões’ até agora, o que é uma boa notícia depois de vários trimestres decepcionantes”. 

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Os principais destaques foram a expansão de 2,1% na carteira de crédito, impulsionado tanto por pessoa física quanto jurídica, as tendências de qualidade de ativos continuam positivas, com a inadimplência caindo 0,3% para 3,6%, impulsionada por reduções em todos os segmentos, e a queda de 0,6% nas receitas de serviços, devido à menor atividade do mercado de capitais e avais/fianças, como já foi visto nos resultados de outros bancos.

A rentabilidade do banco (ROE, na sigla em inglês) foi a 19% no terceiro trimestre, elevação de 0,6 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior. Ante um ano, houve melhora de 1 p.p. No terceiro trimestre, o destaque de crescimento foi o segmento de pessoas físicas. A carteira de indivíduos registrou saldo de R$ 186,159 bilhões, 1,8% superior aos três meses anteriores. Na pessoa jurídica, o saldo foi de R$ 337,272, alta de 1,3%.

Para o BTG Pactual, a diferença de ROE do Bradesco para o Itaú Unibanco pode diminuir com o crescimento e melhora relevante na qualidade dos ativos de pequenas e médias empresas. 

Não tão bom assim?

Na contramão da maior parte das análises, o Morgan Stanley acredita que a qualidade dos resultados “não foi grande”, uma vez que as baixas taxas de juros que deram impulso ao crescimento do Bradesco.

Além disso, os analistas do Morgan lembram que o terceiro trimestre deste ano teve 2% a mais de dias úteis do que os três meses anteriores, o que também ajudou a impulsionar o resultado do período.

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