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Bolsonaro vai superar o recorde de Lula?

Todas as pesquisas indicam que Bolsonaro está quase eleito. Só um fato novo de grandes proporções tira o capitão do Planalto. Agora, resta uma outra dúvida: a votação de Bolsonaro vai superar o recorde de Lula em 2002? Não é fácil, mas é bem possível.
Por  Pedro Menezes
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

A vitória de Jair Bolsonaro é quase certa. Com 50% dos votos totais e 95% de certeza de voto entre seus eleitores, o candidato do PSL tem 47,5% do eleitorado afirmando que certamente votará nele.

Portanto, se Bolsonaro garantir ao menos os eleitores que votam nele com certeza, basta que os votos nulos cheguem a 2,5% dos totais para que Haddad seja derrotado.

Num levantamento recente para o blog, englobando todas as eleições para governador, prefeito e presidente, encontrei apenas uma virada semelhante à que Haddad precisa – nas eleições para prefeito de Santo André em 2008, sob circunstâncias bem distintas.

Faltando pouco mais de uma semana para as eleições, tudo indica que Bolsonaro será eleito. Talvez já seja a hora de partir para outra pergunta: a vantagem superará o recorde de votação de Lula no segundo turno de 2002?

Em meio ao descrédito do segundo governo FHC, Lula conquistou 61,27% dos votos contra José Serra. O petista venceu em 25 estados e no Distrito Federal, perdendo apenas em Alagoas.

A dominância de Lula nos estados dificilmente será repetida, dada a força do PT no Nordeste. Por outro lado, a intensão rejeição ao PT no Centro-Sul pode levar Bolsonaro a vencer por margens muito maiores nos estados mais ricos da federação.

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Na pesquisa com maior amostra – o Datafolha divulgado ontem (18/10), que entrevistou mais de 9 mil eleitores -, Bolsonaro está próximo do recorde. É possível que a pesquisa não capte inteiramente o voto envergonhado, dentre outros erros de medição.

Desconsiderando eventuais erros que subestimem a intenção de voto em Bolsonaro, ele ainda precisa conquistar novos eleitores para bater o recorde.

No gráfico abaixo, simulei a distribuição de votos a partir do último Datafolha e de um modelo de inferência bayesiana do professor Paulo Marques Ribeiro (Insper).

A principal vantagem de usar esse modelo é não depender das margens de erro divulgadas pelo Datafolha. O leitor já deve ter reparado que a margem de 2 pontos percentuais se repete em todas as pesquisas, seja as com 3 mil entrevistados, como o Datafolha da semana passada, ou amostras respeitáveis de 11 ou 18 mil eleitores, como as pesquisas que precederam o primeiro turno.

A margem de 2 pontos percentuais para mais ou para menos é uma aproximação cautelosa. Dentre outros motivos, o Datafolha é conservador na divulgação dos resultados para evitar controvérsias. Com 95% de confiança, conforme o modelo, Bolsonaro tem entre 57,75% e 60% dos votos válidos – uma margem de erro próxima à metade da divulgada pela imprensa.

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Mesmo se adotarmos hipóteses que beneficiam Bolsonaro – por exemplo, assumir que ele conquistará 80% dos indecisos -, ainda faltam alguns votos para que ele bata o recorde: com 95% de confiança, Bolsonaro tem entre 58,9% e 61,1% dos votos.

Outras pesquisas apontaram uma vantagem ainda maior, aumentando a probabilidade de recorde.

Superar o histórico de Lula seria bom não só para o ego de Bolsonaro, mas aumentaria seu capital político, facilitando um novo governo, mais pacificado do que nos acostumamos nos últimos anos. Não é fácil, mas é muito mais provável do que a maioria dos analistas previa apenas um mês atrás.

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Pedro Menezes Pedro Menezes é fundador e editor do Instituto Mercado Popular, um grupo de pesquisadores focado em políticas públicas e desigualdade social.

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