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O conselho de Warren Buffett que todo brasileiro deveria escutar

O bilionário já deixou claro que não investirá em estados americanos com déficits na previdência. O problema é o risco de aumentos de impostos para bancar as aposentadorias de funcionários públicos
Por  Ivanildo Santos Terceiro -
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Os “oráculos” eram parte fundamental da cultura grega. Soprados pelos deuses nos ouvidos dos sacerdotes, os conselhos sobre o futuro recebiam imediata atenção de todos os interessados.

Warren Buffett pode não ser um deus, mas os comentários e ações do Oráculo de Omaha recebem tanta atenção dos interessados quanto se tivessem sido enunciados por uma deidade. Pudera, Buffett construiu sua fortuna de 80 bilhões de dólares apostando no futuro e continuamente acertando.

Distante dos especuladores que compram e vendem ações diariamente, Buffett investe em empresas. Se acredita que uma companhia tem bons fundamentos, ela entrará na sua carteira e não sairá de lá pelos próximos vinte ou trinta anos.

Estar décadas à frente do seu tempo é o trabalho preferido dele. Mais do que simplesmente ganhar, pensar no futuro evita perdas óbvias, como as que serão causadas pelos estados que não reformaram sua previdência.

Numa entrevista ao canal de negócios CNBC, Buffett deixou claro que não realizaria investimentos em estados americanos com déficits na previdência. Sem meias palavras, o Oráculo de Omaha anunciou um futuro com políticos afundando o setor privado em impostos, enquanto tentam bancar as aposentadorias de funcionários públicos.

A profecia já está se cumprindo. O estado de Illinois considera cobrar impostos sobre planos de previdência privada. O arrecadado cobriria os rombos bilionários causados pelo seu sistema de pensões.

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O conselho também deveria ser escutado pelos investidores brasileiros: 21 das 27 unidades federativas brasileiras aumentaram o seu ICMS – e destinaram o excedente para o pagamento de aposentadorias do setor público.

Mas esse não é o único problema. Com uma fatia cada vez maior do orçamento dominada por aposentadorias (em alguns estados, mais de 40% da receita vai para os inativos), mesmo aumentando impostos, esses estados não conseguirão prover serviços públicos adequadamente.

Sem investimentos, mais estradas ficarão esburacadas, escolas se tornarão piores e a polícia ficará sem recursos. Colocar seu dinheiro nesses lugares pode significar sentar em uma bomba-relógio.

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Ivanildo Santos Terceiro Ivanildo Santos Terceiro é Gerente de Comunicações no Brasil da Students For Liberty, a maior rede global de estudantes pró-liberdade, e foi responsável pela apuração de dados e fontes do "Guia Politicamente Incorreto da Economia Brasileira"

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