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Taxa de juros, a Selic, foi reduzida novamente. E agora, onde investir?

Banco Central anunciou redução da taxa Selic para 12,25% ao ano
Por  Roberto Indech
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Conforme amplamente esperado pelo mercado e de forma unânime, o Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central, reduziu a taxa de juros em mais 0,75 p.p. É a segunda vez consecutiva que o colegiado reduz a taxa básica de juros do país no mesmo patamar. Neste momento, portanto, a Selic está em 12,25% ao ano. A próxima decisão ocorrerá no dia 12 de Abril e as perspectivas seguem para que o Comitê reduza ainda mais os juros no país ao longo do ano.

O grande questionamento que o investidor se faz neste momento é: e agora, onde devo investir com essa perspectiva?

Acredito que sejam respostas simples, mas vamos a elas:

Renda Fixa / Títulos do Tesouro Direto

– Para os que já possuem títulos do Tesouro Selic ou fundos conservadores de renda fixa e ainda visam o curto prazo, a melhor recomendação é que mantenham os recursos alocados, mesmo com a perspectiva de que a taxa de juros siga recuando nos próximos meses. A principal razão para esta sugestão é pela necessidade do investidor precisar utilizar os recursos no curto prazo e com baixíssimo risco. Já para aqueles que visam o médio e longo prazo e estão com os recursos alocados indexados a taxa de juros há a possibilidade de buscar outros investimentos mais atrativos, como fundos multimercado, que estão apresentando performances muito interessantes e acima do CDI (taxa referencial da Selic) nos últimos meses. Para buscar qual o melhor fundo desta modalidade, sugerimos entrar em contato com algum especialista ou consultar a lâmina mensal dos fundos e verificar pontos importantes como o histórico de gestão e taxas a serem cobradas pelo fundo. Em geral, há a taxa de administração anual media de 1,5% somado a uma taxa de performance.

– Para os investidores que possuem recursos nos títulos do tesouro IPCA, aqueles indexados a inflação do país, a sugestão também é que permaneçam onde estão. O ponto principal, mesmo com a perspectiva de uma inflação baixa em pelo menos 2017 e 2018, é a possibilidade do investidor “ganhar” uma valorização relevante nos títulos nos próximos meses. É bem verdade que os títulos desta modalidade, quanto mais longos os vencimentos, maior rentabilidade apresentaram nos últimos 12 meses. Para se ter ideia, o Tesouro IPCA com vencimento em 2035 apresenta alta de 59% enquanto aqueles que vencem em 2024 sobem 28%. Em geral, não recomendamos ao investidor pessoa física especular com esses títulos, especialmente porque são aqueles que os investidores buscam uma garantia de uma aposentadoria melhor, mas diante de tais números vale reconsiderar a estratégia. Portanto, na minha visão, há dois caminhos a seguir: (i) vender os títulos diante de tal valorização nos últimos meses e buscar novas oportunidades ou (ii) garantir uma previdência mais confortável levando os títulos até o vencimento.

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– Para os novos aportes ou investidores que consideram investimentos mensais, recomendo comparar ativos indexados a Selic com outros produtos como CDBs de bancos pequenos ou médios, pelo alto retorno que apresentam e com a garantia do Fundo Garantidor de Creditos (FGC) além de fundos com perfil conservador e liquidez diária ou resgate no curto prazo, como por exemplo até 4 dias.

Mercado de Ações

– Para os investidores de ações, frequentemente comentamos que os setores mais beneficiados com a queda de juros são de ativos ligados a concessões de rodovias como CCR e Ecorodovias; construção civil como Cyrela, Gafisa, MRV, Eztec, Even, entre outras; administradoras de shopping centers como Multiplan, BR Malls e Iguatemi além de consumo e varejo como Ambev, Lojas Renner e Americanas, Grendene, Pão de Açúcar e muitas outras. Há também aquelas empresas ligadas a expectativa de retomada da economia como Rumo Logística, Tegma dentre outras opções. A grande realidade é que o mercado de ações antecipa expectativas e muitos destes ativos citados acima já apresentam performance relevante desde a queda da ex-presidente Dilma Rousseff. Ainda há os que consideramos com potencial interessante como Ambev e Grendene e que seguem atrativos para o médio/longo prazo em nossa visão. Para finalizar, aos que não possuem expertise em ações, uma das recomendações poderia ser recorrer aos fundos de ações.

Conclusão:

Enfim, o que queremos mostrar ao investidor, mesmo com a perspectiva de queda de juros é que há investimentos ainda bastante atrativos e que naturalmente podem fazer parte do portfólio tanto do investidor conservador como daqueles considerados moderados ou agressivos. No mercado brasileiro de investimentos, independente do prazo e perfil de investidor,  há sempre ótimas opções.  

Aproveite estas oportunidades, defina seus objetivos e prazos de investimento. #ficaadica

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Roberto Indech Analista chefe de investimentos da Corretora Rico/ CNPI - EM1426. Graduado em Relações Internacionais pela FAAP e certificado pelo Programa de Qualificação Profissional (PQO).

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