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A consolidação do ouro já começou, mas tem um outro metal com ainda mais atratividade

Há um mercado em especial que chama pouca atenção, por ser menor ainda do que o de ouro, e cuja atratividade está, na minha opinião, no auge: o de urânio
Por  Marcelo López
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

A grande notícia de ontem foi a proposta de aquisição da Goldcorp pela Newmont Mining, deixando para trás a Barrick Gold e formando a maior mineradora de ouro do mundo. A proposta de US$ 10 bilhões pagos em ações nos dá uma excelente ideia sobre o estado das mineradoras de ouro do mundo e é um convite a prestarmos atenção.

Após o preço do ouro alcançar quase US$2.000 a onça em 2011, ele caiu para os atuais níveis de US$1.300. Nesse patamar, ao contrário do que se pensa, vários projetos são lucrativos. O problema, no entanto, é que não há justificativa para a exploração, ou seja, para a busca e descobrimento de novas minas a tais preços.

O famoso investidor Pierre Lassonde, bilionário do setor de ouro e ex-presidente da Newmont, já havia comentado sobre isso. Segundo ele, nos anos 70, 80 e 90, foram achados pelo menos um depósito contendo 50 milhões de onças de ouro ou mais, pelo menos 10 depósitos com mais de 30 milhões e vários contendo entre 5 e 10 milhões de onças.

Mas nos últimos 15 anos, não foi encontrado nenhum depósito com 30 milhões, muito menos com 50, e apenas alguns depósitos contendo 15 milhões de onças. O impacto disso será sentido.

O próprio Ian Telfer, chairman da Goldcorp, acredita termos atingido o pico na produção de ouro. Daqui pra frente vai ser só queda.

Como não ocorrem mais descobertas do metal e enquanto o preço não reage, deveremos ver ainda muitas aquisições no setor. Esse é o nome do jogo daqui pra frente. O lendário investidor no setor de commodities Rick Rule, com quem conversei no podcast da L2 Capital há duas semanas, já dizia isso no começo do ano passado.

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Muitos argumentam que a queda na produção de ouro, a crescente dívida do mundo, a vontade dos governos de países desenvolvidos de acabar com o dinheiro físico e os inúmeros riscos do mercado configuram sinais convincentes de que devemos investir em ouro. Eu tendo a concordar com eles.

Mas há um mercado em especial que chama pouca atenção, por ser menor ainda do que o de ouro, e cuja atratividade está, na minha opinião, no auge: o de urânio.

Além de não haver recursos para a exploração, o que acarretará problemas e praticamente falta de material em alguns anos, a oferta já é menor que a demanda. Em 2018, o volume produzido foi de menos que 140 milhões de libras, enquanto que o consumo foi próximo a 200 milhões, com esse déficit ficando maior a cada dia.

O preço da libra de urânio, que subiu mais de 40% desde as mínimas em abril de 2018, ainda está bem abaixo do valor ideal para justificar não somente a exploração, mas também a produção do metal.

Há 10 anos, quando o urânio estava no auge, havia mais de 500 empresas explorando e produzindo o metal. Hoje elas não chegam a 30, e o número deve cair mais, se o preço não se recuperar em breve.

Semana passada assistimos à Anfield, exploradora do metal, adquirir os ativos de urânio da Cotter Corporation. Assim como no setor de ouro, podemos esperar mais aquisições pela frente. Na minha opinião, a hora de se posicionar é agora.

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Disclaimer: Esse texto reflete a opinião do autor e não constitui uma sugestão, recomendação, indicação e/ou aconselhamento de investimento. Nenhuma decisão de investimento deve ser tomada com base nas informações ora apresentadas, cabendo unicamente ao investidor a responsabilidade sobre qualquer decisão que venha a tomar. 

O autor reconhece existirem riscos associados aos ativos e setores abordados, inclusive de perda do capital, de maneira que pode não ser adequado a todos os perfis de investidores.

As opiniões expressas nesta publicação são baseadas em julgamentos e estimativas, estando, portanto, sujeitas a mudança, sem, contudo, implicar na obrigação de qualquer comunicação acerca de atualização ou revisão.

O autor pode estar engajado na compra de ativo(s) mencionado(s) nessa publicação para sua carteira proprietária e/ou para a de clientes sob sua gestão remunerada.

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Marcelo López Marcelo López tem certificação CFA, é gestor de recursos na L2 Capital Partners, com MBA pelo Instituto de Empresa (Madrid, Espanha) e especialização em finanças pela principal escola de negócios da Finlândia (Helsinki School of Economics and Business Administration). Atuou como Gestor de Carteiras e de Fundos em grandes gestoras internacionais, tais como London & Capital e Gartmore Investment Management.

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