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Duas small caps que representam a maior oportunidade de destravamento de valor da bolsa brasileira

Começamos o ano com novidades para essas duas empresas, lembrando que a Coteminas (CTNM) detém 52,92% da Springs.
Por  João Paulo Reis
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

No dia 29 de dezembro de 2018, no apagar das luzes do ano, a Springs anunciou uma operação importante da sua controlada Springs USA.

A Springs Global (SGPS3) celebrou um acordo com a Keeco, empresa americana de produtos moda lar, para combinação de suas operações da América do Norte.

A Springs USA foi avaliada em US$ 126 milhões, sendo que a controladora (SGPS3) receberá US$ 90 milhões em dinheiro, no fechamento da transação, e US$ 36 milhões em ações da empresa combinada, em março de 2019.

A nova companhia terá um faturamento combinado superior a US$ 800 milhões e um portfólio de produtos e marcas líderes nos mercados de cortinas, utility bedding, e decorative bedding, além de carteira diversificada de clientes, incluindo as principais empresas do varejo tradicional (Wallmart, Target etc) e digital do mercado norte-americano (Amazon).

Apesar da redução da importância da América do Norte no faturamento total da empresa, será mantida uma participação expressiva em um negócio que vem crescendo a taxas robustas.

Além disso, essa operação mantém a porta de acesso ao mercado americano, permitindo que empresa brasileira forneça produtos com preços competitivos, melhorando suas exportações para esse mercado.

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Essa operação trará uma redução expressiva na dívida da empresa, hoje em torno dos R$ 890 milhões para R$ 560 milhões (a depender da cotação do dólar no fechamento da operação), impactando na relação dívida liquida EBITDA, que passará de 3,75 vezes para abaixo de 2,8 vezes. 

A empresa assim poderá captar dívida a taxas mais vantajosas beneficiando seu plano de negócios ou mesmo para reduzir seu custo de financiamento.

Com a melhora da operação de varejo, que vem crescendo através do e-commerce e do modelo inovador das franquias digitais, acreditamos que o valor de Springs tem muito a crescer em função da percepção de destravamento de valor que essa operação trás.

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Além disso, segue sendo feito o trabalho de precificação do terreno em São Gonçalo do Amarante, onde estão sendo alugados e construídos vários empreendimentos, cujos alugueis/serviços, caminham para R$1 mi/mês, o que levaria a precificar esse terreno na casa dos R$ 200 milhões. Ou seja, mais valor a ser destravado, entre outros.

Todo esse raciocínio de destravamento de valor cabe também para a Coteminas, pois como já informamos é controladora da Springs.

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Em 03/09/2018, o Valor noticiou que a VLI, empresa de serviços logísticos da Vale, estava negociando a compra do terminal de grãos no Porto de Itaqui (Maranhão) da CGG (Cantagalo General Grains), empresa coligada (27,5%) da Coteminas.

A expectativa é que o negócio seja fechado ainda nesse primeiro trimestre de 2019, em valores que devem ficar em torno dos US$ 150 milhões, quitando a dívida e gerando um lucro contábil, que melhora consideravelmente os números da Coteminas (CTNM).

Existem ainda outros ativos para serem monetizados ao longo do ano que podem destravar ainda mais valor nessa empresa. A se aguardar!!!

Sendo assim, considerando que a conjugação de monetização de ativos e melhora operacional, em função, da recuperação econômica doméstica e um câmbio favorável para a retomada das exportações, podem gerar um destravamento de valor enorme na Springs e na Coteminas.

Logo, se a Springs vai bem a Coteminas irá melhor ainda em função dos ativos valiosos que existem na Holding.

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Mas alguns irão perguntar: e a liquidez?

Respondo: a liquidez aparecerá com a divulgação da melhora dos negócios e da rentabilidade. Leia-se lucros e dividendos.

Comprovando essa tese, temos vários exemplos, inclusive comentados nesse Blog como Ind. Romi que em 2014 tinha uma liquidez diária de quase R$35 mil/dia e hoje negocia em torno de R$ 1,5 milhão.

O que fez esse volume subir? Uma intensa melhora operacional e a recuperação econômica do seu setor de bens de capital e a perspectiva de investimentos no país.

Outro exemplo. Grendene que em 2014 tinha R$570 mil de liquidez diária e hoje negocia mais de R$ 8,5 mi dia. Estamos falando da maior exportadora de calçados do Brasil com um caixa de quase R$2 bi.

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A própria Springs que em 2014 negociava pouco mais de R$11 mil/dia, hoje roda na casa dos R$251 mil.

Assim, esperamos que o setor têxtil deverá se recuperar de longos anos de baixa produtividade, melhora do ambiente econômico do país e com um câmbio mais favorável.

Portanto, o argumento da liquidez é pouco importante para que tem as virtudes da paciência e perseverança, uma vez que estamos diante da maior oportunidade de destravamento de valor dentre todas as ações negociadas no Brasil. A conferir!!!

OBS: Hoje o fundo da Venture Investimentos tem 8,15% da CTNM4 e 4,45% do capital total.

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João Paulo Reis É gestor do Venture Value FIA, sócio da Biguá Capital desde o seu surgimento em 2006, acumulando experiência na seleção e análise das empresas listadas na Bolsa

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