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John Oliver dedica programa para falar de Trump: “Como nós chegamos aqui? E o que o fazemos agora?”

"Somos confrontados pelas mesmas perguntas que um cara que acordou no dia depois de uma festa de despedida de solteiro, no meio do deserto, nu, amarrado a um cacto e um palhaço morto"
Por  Rodrigo Tolotti
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

SÃO PAULO – O primeiro episódio de “Last Week Tonight”, apresentado pelo inglês John Oliver na HBO, após a eleição de Donald Trump foi dedicado completamente a analisar o resultado do pleito nos Estados Unidos. A proposta foi tentar entender como o empresário ganhou e para onde o país vai agora.

“É importante lembrar que muitas pessoas estão felizes em vê-lo no cargo”, disse Oliver. “Mas para o resto de nós, somos confrontados pelas mesmas perguntas que um cara que acordou no dia depois de uma festa de despedida de solteiro, no meio do deserto, nu, amarrado a um cacto e um palhaço morto. Como nós chegamos aqui? E o que o fazemos agora?”.

O apresentador foi um dos maiores críticos de Trump desde que ele anunciou sua candidatura no ano passado. Desde então tem sido comum ver quadros em seu programa dedicados a comentar as falas e atitudes do empresário. Porém, no programa deste domingo (13), ele fez uma espécie de “mea culpa” e comentou que a mídia foi uma das grandes responsáveis por eleger o republicano.

Oliver gastou toda o programa em tópicos abrangentes sobre Trump, incluindo todas as promessas feitas por ele durante a campanha, que o apresentador disse soar como a “lista de tarefas na geladeira de Satanás, que, claro, não precisa mais dela porque o inferno congelou”. Ele ainda aproveitou para comentar as mudanças de opinião do presidente eleito: “Trump é como uma ‘Bola 8″ mágica, toda vez que você sacode, ele lhe dá uma resposta diferente”, disse Oliver.

Por fim, o apresentador mostrou que irá continuar lutando. Ele pediu para que as pessoas não se mudem para o Canadá, mas que “fiquem aqui e lutem”, doando dinheiro para organizações sem fins lucrativos e outros tipos de movimentos. “Vai ser muito fácil para as coisas começarem a parecer normais, especialmente se você é alguém que não é diretamente afetado por suas [Trump] ações”, acrescentou Oliver. “Então continue lembrando a si mesmo, isso não é normal”, concluiu.

Rodrigo Tolotti Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.

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