Etihad : melhor no ar do que no solo!
Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores
Vocês acompanharam aqui, nos posts anteriores, minha recente viagem para a Índia. Fui de Etihad. Foi a primeira vez com essa companhia. Fui de “animal class”. Chamo assim, carinhosamente, a classe econômica das empresas aéreas hoje em dia. O país? Fantástico. Já a companhia aérea dos Emirados Árabes nem tanto. Além do voo São Paulo – Abu Dhabi – Nova Delhi, havia outros voos internos.
A pegadinha das malas
A Índia, como todos sabem, é um país enorme do ponto de vista de território. Minha viagem previa várias cidades: Nova Delhi, Agra, Jaipur, Aurangabad e Mumbai. Alguns trechos, no ‘triângulo de ouro (Delhi, Agra e Jaipur) foram feitos via terrestre. Outros, como Aurangabad e Mumbai, de avião. Detalhe: o Brasil ainda é um das poucas nações em todo o mundo que permite duas bagagens de 32 quilos por pessoa. Mas essa mordomia só é válida quando a viagem é ponto a ponto, ou seja, do Brasil para a Índia. Nos voos internos, dentro do país (neste caso a Índia) o passageiro tem direito a apenas uma mala de 15 ou 20 quilos (de acordo com a classe) e mais um volume de mão de sete quilos. E só! Muita gente esquece este detalhe. Esquecimento caro. Acaba pagando excesso de bagagem nos voos internos.
Mas vamos ao voo.
No embarque, no novo terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, as primeiras confusões. Além do balcão do check in, não havia mais nada relacionado a Etihad. Nem balcão para informações. Muito menos para fazer up-grade. Tentei falar com vários funcionários. Cada um tinha uma informação diferente do outro. Um deles (Jerco Bacic) chegou a ser descortês quando fiz e refiz algumas perguntas. Tentou empurrar as respostas para outro. Conseguiu. Desisti do up grade. O voo em si foi muito bom. No ar a companhia mostra seu melhor. Não sei se tive sorte com a tripulação. Mas o fato é que o aparelho era novo, as poltronas confortáveis e o serviço de bordo acima da média. Algo absolutamente necessário para quem quer ganhar mercado no Brasil. Algo mais do que necessário para um voo interminável: 14 horas e meia até Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes.
Escala pocotó
Como jornalista, havia sido convidado para conhecer o lounge na escala (Abu Dhabi). Por lá, ninguém conseguia localizar meu nome. A escala rumo a Nova Delhi, de menos de três horas, quase me fez desistir novamente. Por sorte, depois de muita insistência, acharam meu nome. Tive tempo de tomar um banho. E correr para a conexão.O restante do voo até Nova Delhi foi bom também. No ar a Etihad é ótima. A viagem pela Índia se encarregou de esmaecer a péssima sensação que ficou do pessoal de terra da Etihad. Considerei até esquecer todo o episódio ocorrido no aeroporto brasileiro. Impossível.
No credit card acepte
Hora de retornar para o Brasil. Voo da Etihad. Filas, filas e mais filas. Algo acontecia. O voo, partindo de Mumbai as 4 e 30 da manhã estava atrasado. Foi remarcado para as 5 e 30. Ninguém explicava porque. Ninguém sabia de nada.As filas quase não andavam. Por sorte, um funcionário da Indo Asia Tours ajudou a fazer o check in.No guichê da classe executiva, juro que tentei, novamente, fazer o up grade. Inútil. Uma amiga que estava conosco conseguiu após uma epopeia. Só para saber quanto pagaria pela diferença de classe esperou inacreditáveis 30 minutos. Em seguida, foi informada que a Etihad não aceitava cartão de crédito para upgrade. Por sorte, ela tinha o valor em dólares. No entanto, a Etihad não aceitava pagamento em dólar em espécie. Teve que trocá-los por rúpias. Perdeu muito no câmbio feito às pressas. Com os cartões de embarque na mão, recebeu a gloriosa informação de que não tinha acesso ao lounge para passageiros de Business e First Class. Por que? Ninguém soube explicar. Cômico, para não dizer trágico. Quanto a mim? Voltei de animal class mesmo… O consolo foi saber que, no ar, a Etihad é melhor do que em terra. Apesar das tarifas atraentes não vale o investimento.
Embarque no terminal 3 do Aeroporto Internacional de Guarulhos. Crédito: Paulo Panayotis
Tela multimídia da classe econômica e uma das maiores da categoria interna. Crédito: Paulo Panayotis
Contando Rúpias para o upgrade em Mumbai. Crédito: Paulo Panayotis
Embarque tumultuado em Mumbai. Crédito: Paulo Panayotis