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Agora é a Amazon no seguro …

Amazon no seguro, uma ameaça para o corretor? Será que a "disrupção" no mercado segurador mundial e brasileiro representa a extinção do papel do corretor de seguros?
Por  Rafael Monsores
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Agora nesse início de 2018, os canais especializados noticiaram que a Amazon está planejando entrar no setor de seguros.

O gigante do comércio eletrônico está em negociações para criar um cartão de crédito voltado para clientes de pequenas empresas potenciais em adquirir seguros corporativos.

A Amazon esteve em discussão com bancos, para criação de um cartão de crédito co-branded para proprietários de pequenas empresas que compram em seu site. Em um segundo momento, o cartão será impulsionado por ofertas adicionais, incluindo seguros empresariais, vendidos através de um portal especialmente projetado para seguros.

A notícia pode revelar-se uma preocupação extra para o setor de seguros, que já anda bem preocupado com a utilização de tecnologias e a ameaça de “disruptores” externos.

No início deste mês, novos dados revelaram que até 45% dos clientes da Amazon estarão dispostos a comprar no varejista on-line o seguro de automóvel, enquanto 38% diriam “sim” a um plano de seguro de vida criado pela Amazon.

Em uma entrevista realizada antes do lançamento da última notícia da Amazon, o escritório de advocacia Clyde & Co disse à Insurance Business que os ativos da empresa de tecnologia poderiam ser muito valiosos no setor de seguros. Isso porque a Amazon tem uma base de milhões de pessoas que utilizam o portal para comprar e possui um BI enorme e de muita precisão, que sabe os detalhes do comportamento de consumo desses clientes. 2 fatores poderosíssimos, para serem aplicados na abertura de uma nova vertical de vendas como o seguro.

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O varejista agora procura mudar suas visões sobre o que mais pode vender, e o seguro é “claramente apenas parte dessa evolução”.

No entanto, sabemos que a natureza altamente regulamentada do seguro significa que seria uma mudança significativa da atual linha de negócio da Amazon. Por isso executivos da própria empresa já declararam que: “O seguro é diferente da venda de aparelhos eletrônicos ou livros  – é uma indústria altamente regulamentada e precisamos marcar os pontos relevantes sempre que procuramos vender seguros”.

A desintermediação tornou-se uma ameaça a respeito do mundo dos seguros. Se isso vem sob a forma de “insurtech” ou indo direto para o comprador final de alguma outra forma, no final do dia, não acredito que isso “elimine” os agentes e corretores de seguros. O seguro sempre foi um “negócio de pessoas” quer seja nos primórdios com os comerciantes chineses e babilônicos que distribuíam risco de um comerciante viajando em águas traiçoeiras no 3º e 2º milênio A. C. ou na atualidade onde nos seguros mais consultivos. Intermediários de seguros foram, e ainda serão necessários mesmo que seja em uma parte da transação e do processo.

Até a próxima!

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