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200 mil crianças e jovens aprendem educação financeira

Por  Reinaldo Domingos
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

De acordo com informações divulgadas pelo MEC, a Educação Financeira é um dos temas sugeridos para compor a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a ser trabalhado de maneira transversal nas disciplinas da educação básica. Tenho orgulho de informar que a DSOP Educação Financeira já faz esse trabalho, desde 2009, por meio do Programa DSOP de Educação Financeira nas Escolas, que está inserido em 650 instituições particulares em todo o país.

Em 2016, serão quase 200 mil estudantes aprendendo sobre o assunto em sala de aula. Um dos pontos importantes do programa que essas escolas estão adotando é que não se trata apenas de compra de material didático, mas sim a implantação de uma sistemática que envolve toda a comunidade, com capacitação de professores e palestra para pais, além de utilizar também diversas ferramentas online de educação.

O Programa tem plena aceitação, uma vez que teve 100% de renovação com as escolas que já adotavam nos anos anteriores. Esse espaço de destaque que a Educação Financeira vem conquistando se dá pela importância em função da relação cada vez mais cedo que se tem com dinheiro, a exposição às mensagens de consumo e, mais recentemente, pela crise financeira que o país atravessa.

A crise, por sinal, já afeta o cotidiano das crianças e suas famílias. Com a educação financeira, as escolas estão proporcionando às crianças e jovens um melhor entendimento do momento que passamos, além de prepará-los para que, no futuro, saibam administrar melhor as finanças.

A escola é a melhor maneira de englobar diversos públicos de uma só vez na educação financeira, tornando o processo mais eficiente. Assim, crianças, jovens e adultos (corpo docente, pais/responsáveis e comunidade) têm a oportunidade de aprender como utilizar e administrar os recursos financeiros, sendo que, para cada faixa etária, há um material e uma linguagem apropriados para melhor entendimento e aproveitamento das informações.

Por que é importante inserir o assunto nas escolas?

  1. O crescimento e o desenvolvimento de uma sociedade dependem também de educar financeiramente os cidadãos, ensiná-los a controlar seus recursos e respeitar seu orçamento;
  2. Mais do que instruir sobre como administrar seus bens, a educação financeira promove uma mudança de comportamento e de velhos hábitos com relação ao uso do dinheiro;
  3. Para mudar a situação dos endividados, somente com educação financeira, que deve ser ensinada, especialmente, nas escolas (do Ensino Infantil ao Médio), pois o que as crianças e jovens aprendem no colégio levam para dentro de casa, contagiando os pais e familiares com esses princípios;
  4. Tem-se muita informação sobre macroeconomia; no entanto, quando se trata de microeconomia, pouco se sabe;
  5. Um dos pontos-chave é a questão de poupar. Guardar dinheiro é a prática que permite a realização dos sonhos, que é outro tema que não recebe a importância que merece;
  6. A educação financeira dialoga diretamente com os conteúdos das disciplinas formais ensinadas nas escolas;
  7. Com a linguagem adequada para cada faixa etária, é possível mostrar aos alunos como lidar com as finanças do dia a dia, se planejar, poupar para os sonhos e conquistar a independência financeira;
  8. As escolas que adotaram a educação financeira em currículo relatam não apenas benefícios para os alunos, como aos pais e professores;
  9. Há também os benefícios para a própria escola, que, além de se destacar no mercado por oferecer um ensino diferenciado, pode ter a inadimplência reduzida ao estender o ensinamento para os pais.

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Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

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