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Volta às aulas com educação financeira

Por  Reinaldo Domingos
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Estamos no final das férias escolares e esse é o momento em que a rotina volta e tudo fica nos eixos de novo; levar e buscar as crianças na escola, comprar material que estiver precisando, aí voltam também as aulas de inglês, futebol, dentre outras. Então, minha proposta é: que tal fazer dessa situação, tão igual em todos os anos, um marco de mudança para toda a família?

A questão financeira é uma das que mais pesam, principalmente em épocas do ano como esta. E uma das inciativas que mais se mostrou eficiente para preparar as pessoas a terem um bom comportamento em relação à administração e ao uso do dinheiro é inserir Educação Financeira nas escolas. Isso se deve ao fato de que, no ambiente escolar, é possível atingir um público mais amplo: alunos (do Ensino Infantil ao Médio), professores, pais e toda a comunidade em geral.

Sendo assim, recomendo que os pais/responsáveis busquem saber se a instituição de ensino que seus filhos estão matriculados possui essa disciplina em sua grade curricular e, caso contrário, que deem a ideia de inserir, pois os benefícios são inegáveis. Hoje, mais de 1500 escolas públicas e privadas de todo o país possuem um programa de educação financeira e apresentam uma mudança substancial de comportamento de todos os envolvidos em relação ao assunto.

E, já que estamos falando de praticar a educação financeira, aproveito este artigo para dar algumas orientações de como colocar as finanças em dia, após o período de férias, e como economizar nas compras que precisam ser feitas para a volta às aulas.

Faça um diagnóstico financeiro: anote todas as despesas ao longo de 30 dias, separando por categorias, pois, dessa maneira, é possível ter uma visão ampla e minuciosa, ao mesmo tempo, dos gastos recentes, podendo diminuir ou até cortar os excessos e supérfluos;

– Planeje-se: muitas famílias acabam se encontrando em situações de endividamento após as férias, porque não se planejam corretamente. Portanto, comecem a programar as próximas férias a partir de agora, ver o que gostariam de fazer e a já juntar dinheiro, para não ficar meses depois pagando parcelas intermináveis e comprometendo o orçamento financeiro;

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– Levem as crianças: ao contrário do que muitos especialistas dizem, a minha recomendação é que os adultos levem sim junto com eles as crianças para pesquisarem os materiais escolares. Essa é uma ótima oportunidade para ensiná-las a comprar com consciência e colocar em prática os ensinamentos da educação financeira;

– Não tenha vergonha de negociar: muitas pessoas têm dificuldade em pedir desconto ou tentar alguma condição de pagamento melhor, mas a negociação é uma prática natural e que dá bons resultados;

– O barato pode sair caro: nem sempre o que é mais barato é a melhor opção para economizar, porque, conforme for, pode quebrar/rasgar/desgastar com muito mais facilidade, fazendo com que se tenha que comprar outro produto em um curto espaço de tempo. Analise bem as opções e compre o melhor custo-benefício.

– Recicle e reutilize: dê uma boa olhada no material utilizado até o momento e veja o que consegue ser reutilizado ou reciclado. Chame as crianças para essa atividade, pode ser divertido, além de sustentável e econômico. Se tiver mais de um filho, o material didático, por exemplo, se bem cuidado, pode passar do mais velho para o mais novo.

Reinaldo Domingos Reinaldo Domingos é presidente da Abefin (Associação Brasileira de Educadores Financeiros), autor de vários livros e criador da Metodologia DSOP de Educação Financeira.

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