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Percepção de que Estado é sufocante pode ser o pontapé para mudar o País

Filósofo Luiz Felipe Pondé comenta que tamanho do Estado atualmente prejudica competição e favorece adversários da democracia
Por  Um Brasil
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A percepção de que o capitalismo não funciona no Brasil como deveria está começando a mudar a mentalidade das pessoas. Contudo, em vez de apoiar propostas socialistas, parte da sociedade questiona o tamanho do Estado e a dificuldade para empreender. De acordo com o filósofo e pós-doutor em Epistemologia, Luiz Felipe Pondé, é possível que seja o princípio de uma transformação social no País.

Em entrevista ao UM BRASIL, realizada em parceria com a Expert XP, Pondé analisa o que chama de um início de percepção de que o modelo de Estado grande sufoca os anseios da sociedade. “Podemos entender que o Brasil está em transformação no sentido de que começamos a tomar consciência do grande problema que é ter uma dívida pública gigantesca por causa de um funcionalismo gigantesco, sendo que grande parte dele é o Poder Judiciário”, comenta o professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap).

“Dou isso como exemplo para dizer que existe uma transformação pontual que é o início de percepção de que, talvez, o modelo de Estado grande seja sufocante. Hoje, temos jovens em universidades começando a pensar o País numa chave não socialista”, complementa.

De acordo com o filósofo, parte desse novo modo de pensar se deve à assimilação de que o “Estado gigantesco e não operacional é bastante arredio à atividade empresarial”, o que desfavorece a competição, alimenta o populismo e prejudica a viabilidade de um projeto de nação.

“O capitalismo brasileiro é muito ruim, pouco competitivo. Não é de Estado, como na Rússia, mas tem grandes monopólios em cima, e o nível médio do mercado, que é o que caracteriza uma boa sociedade de mercado, sofre muito no Brasil, é espremido pelo excesso de direitos trabalhistas, excesso de tributação e instabilidade econômica. Num universo como esse, você é atravessado por todo o tipo de populismo de esquerda, que investe em um discurso antimercado e contra a competição”, avalia.

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Pondé reforça que a democracia está em perigo no Brasil da mesma forma que no resto do mundo. Segundo ele, isso se deve às falhas de representatividade e à lentidão para tomada de decisão nesse regime. Além do populismo, aponta o modelo político chinês como um adversário da manutenção do regime democrático.

“Sistema de partido único, totalitário, com crescimento de mercado. Se o sistema chinês tomar conta do mundo, é a prova de que você pode ficar rico sem democracia”, avalia. “A população, se tiver melhores condições materiais de vida, facilmente colabora com regimes totalitários, como a história já mostrou.”

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