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Liderar em 2017: é possível não ficar pra trás?

Joseph Teperman é Headhunter e Sócio da INNITI. Atua também como conselheiro do IFL, da FAAP e da Luminus Life.
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

 “Afinal, o que fazem os líderes?” Este é o nome de um clássico artigo do John Kotter, professor emérito de Harvard, e um dos maiores estudiosos globais de liderança. Sua resposta: os líderes definem a direção, alinham as pessoas, motivam e inspiram.

E quais são as características de um líder que se destaca? Daniel Goleman lista 5 características da inteligência emocional que fazem a diferença: Autoconhecimento, Controle emocional, Automotivação, Reconhecimento das emoções em outras pessoas e Bom relacionamento interpessoal.

Gerenciar e Liderar são importantes, mas uma coisa é completamente diferente da outra. “Bom gerenciamento traz consistência para qualidade e rentabilidade. Liderança, está ligada a lidar com as mudanças. Sua importância nos últimos anos se dá, pois, o mundo está mais competitivo e volátil. Mudanças tecnológicas em aceleração, competição internacional mais forte… instabilidade no preço do petróleo, mudanças na demografia.”

 Achamos que estamos vivendo em uma era de mudanças aceleradas, mas a frase do Kotter no parágrafo acima é de 1990, ano em que nem existia internet comercialmente!

Há um senso comum hoje, de que ficar antenado com as novas tecnologias é o que vai nos manter no jogo. Isto não é tudo, isto é o mínimo. As mudanças tecnológicas parecem assustadoras em um primeiro momento, mas são justamente elas que nos liberam de trabalho braçal e repetitivo e nos deixam Ser Humanos. Como sociedade preferimos ter boias-frias debaixo do sol fazendo a colheita manual ou colheitadeiras automatizadas? Estas trazem maior produção de alimentos com menor preço, e de quebra liberam as pessoas para se qualificarem para atividade menos insalubre e que geram mais valor.

Jim Collins, procurando entender o que fez com que algumas empresas tenham crescido o triplo da média de seus concorrentes por pelo menos 15 anos, encontrou 5 níveis de liderança e escreveu o ótimo livro Feitas para Vencer.

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O nível 5 é o que tem uma mescla de humildade pessoal com forte determinação. Se algo dá errado, ele olha para o espelho e assume a responsabilidade. Quando as coisas dão certo, ele olha para a janela para encontrar os responsáveis. Tem a ambição direcionada para a instituição e não para si próprio. Por fim, ele sempre faz um sucessor melhor que si próprio.

Temos visto eleições ao longo desta década de líderes populistas e carismáticos. Estes são os que chamam mais a atenção e ainda são eleitos. Normalmente são justamente os com baixa inteligência emocional, egocêntricos, e que não alinham as pessoas para uma causa maior. Deixam um sucessor pior que si próprio, e tem o “conforto” de ouvir pedidos de retorno.

Estamos vivendo tempos extraordinários, em que a tecnologia está permitindo que o poder se descentralize. O comentário nas mídias sociais no dia 17/05/2017, dia da revelação da gravação do Joesley Batista e do Michel Temer, era de que deveríamos ficar sem presidente e ir resolvendo os temas importantes em enquetes online. Isto mostra o quanto os políticos em geral ficaram ultrapassados e desconectados de quem em tese deveria tê-los como exemplo a ser seguido. Lembrando, liderança não se dá por um cargo, mas sim por legitimidade e pelas pessoas espontaneamente quererem seguir alguém.

 O poder está saindo das mãos do governo e dos Líderes autoritários, e passando para as mãos dos líderes descritos por John Kotter, Daniel Goleman e Jim Collins. 

 São os líderes que definem a direção, colocam a instituição acima de si próprios, e com alta inteligência emocional servem seu país, sua empresa, seu bairro, seu prédio, sua comunidade, ao invés de acreditarem que deles devem se servir.

 São os líderes que tem o discurso alinhado com as ações. As ações alinhadas com o coração. Que buscam a excelência, sem arrogância. A liderança para o futuro é mais Humana. Ninguém quer estar perto de alguém perfeito. É para isto que existem as máquinas.

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Joseph Teperman é Headhunter e Sócio da INNITI. Atua também como conselheiro do IFL, da FAAP e da Luminus Life.

IFL - Instituto de Formação de Líderes O Instituto de Formação de Líderes de São Paulo é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo formar futuros líderes com base em valores de Vida, Liberdade, Propriedade e Império da Lei.

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