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Guilherme Boulos, que tal estudar antes de ser candidato?

Guilherme Boulos demonstrou não ter o menor preparo para ser candidato, muito menos para dirigir o país. O ápice do despreparo se deu na área econômica. O artigo mostra todo o despreparo de Boulos.
Por  Alan Ghani
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL e líder e do MTST, participou de último Roda Viva (7.5.18). Guilherme Boulos demonstrou não ter o menor preparo para ser candidato, muito menos para dirigir o país. O ápice do despreparo se deu na área econômica. A seguir, coloco em vermelho as falas de Boulos, e, em seguida, meus argumentos, mostrando o seu despreparo (as frases de Boulos no Roda Viva foram extraídas desta reportagem).

Guilherme Boulos disse que “A reforma da Previdência é muito ruim, pois não tira privilégios”, disse, criticando, sobretudo, o estabelecimento de uma idade mínima, que seria uma forma de fazer com que as pessoas “se aposentem no caixão”, segundo ele.

Não, Boulos, a reforma da Previdência, proposta no governo Temer, tirava privilégios principalmente do setor público, ao equiparar o teto do INSS com as aposentadorias estatais. Não é à toa que foram justamente os setores do funcionalismo público, simpatizantes com as ideais petistas e psolistas, os mais contrários à reforma.

“(…) vamos cobrar as dívidas das grandes empresas, quase R$ 450 bilhões”.

Primeiro, conte para nós como você irá recuperar a dívida de empresas que já faliram (Varig, por exemplo). Segundo, mesmo que essa recuperação fosse possível, o valor de 450 bilhões só cobre o déficit da Previdência por 2 anos. Parece que você não sabe distinguir uma variável fluxo (déficit) de uma variável estoque (dívida).

Boulos disse que o governo de Dilma Roussef teve mérito de enfrentar os juros elevados e o spreed bancário (sic) – “um dos maiores do mundo e que impedem o crescimento” do País.

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Não, Boulos, porque a redução dos juros, no porrete estatal, não foi sustentada. A partir de 2013, com a inflação elevada, que prejudica principalmente os mais pobres, o Banco Central teve que começar a subir a taxa de juros. Redução de taxa de juros reais não se dá por vontade política nem por decisões administrativas; mas por políticas fiscais e monetárias adequadas. Nossos juros voltaram a subir a partir de 2013, devido à irresponsabilidade fiscal e monetária da equipe econômica do PT.

“Mas essa política teve um problema gravíssimo, que agravou a crise fiscal: as desonerações, o chamado Bolsa Empresário. Não houve contrapartida. Foi uma política equivocada”, disse o pré-candidato.”

Por incrível que pareça, concordo que a “ Bolsa empresário” foi um desastre. Só acrescento que a contrapartida sempre será menor que o custo de políticas de fomento com bancos estatais. O BNDES deveria ser extinto, não acha?

Boulos disse também que há “ interesses de membros do mercado dentro do governo”, ao se referir ao ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Graças a Henrique Meirelles e sua equipe econômica, que o país saiu das trevas, após o desastre econômico promovidos pelos governos Lula e Dilma, intoxicados de políticas keynesianas.

Um conselho, Guilherme Boulos: vá estudar economia, antes de se lançar candidato. Se pelo menos você entender que o livre mercado e o respeito ao direito de propriedade são os melhores remédios contra a pobreza; já será um grande avanço. Dica, leia o meu Blog: “Economia e Política: Direto ao Ponto”. 

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Alan Ghani É economista, mestre e doutor em Finanças pela FEA-USP, com especialização na UTSA (University of Texas at San Antonio). Trabalhou como economista na MCM Consultores e hoje atua como consultor em finanças e economia e também como professor de pós-graduação, MBAs e treinamentos in company.

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