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Como as medidas econômicas podem afetar a sua vida?

Muito se tem falado nos últimos meses sobre meta fiscal, ajuste fiscal, medidas econômicas... Mas afinal de contas, o que é tudo isso? E que impacto pode trazer para sua vida?
Por  Edgar de Sá
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Importante: os comentários e opiniões contidos neste texto são responsabilidade do autor e não necessariamente refletem a opinião do InfoMoney ou de seus controladores

Podemos “traduzir” Meta Fiscal dizendo que é a economia que o governo faz (ou deveria) para quitar o pagamento da dívida pública. É também a estimativa de qual será a diferença entre o que o governo arrecada (impostos, por exemplo) e o que ele gasta (salários de servidores, por exemplo). Desta conta, é possível obter um superávit (saldo positivo) ou déficit (saldo negativo). Quando o saldo é positivo, o governo consegue economizar e pagar pelo menos os juros da sua dívida. Se o saldo for negativo, isso significa que o governo gasta mais do que deveria. De maneira mais simples, podemos dizer que a Meta Fiscal para o governo é como se fosse nosso orçamento doméstico. Se gastamos mais do que ganhamos, certamente teremos problemas no futuro.

Deixe-me dar um exemplo mais prático. Recentemente, um amigo meu ficou desempregado e a família passou a contar somente com o salário da esposa, o que dificultou seu orçamento familiar, que ficou ainda mais apertado. No início do mês, após pagar algumas contas básicas da casa, meu amigo percebeu que faltaria dinheiro para pagar a fatura do cartão de crédito e para fazer a feira ao longo do mês. Sabendo que os juros do cartão são altos e que alimentação é uma necessidade básica, sua esposa preferiu recorrer a um empréstimo consignado, cujos juros são menores, porém, contraiu nova dívida. No mês seguinte, para pagar o empréstimo e conseguir cobrir as despesas da família, o casal passou a cortar custos e a esposa começou a fazer hora extra para incrementar a receita familiar.

É evidente que um orçamento familiar é bem menos complexo que o orçamento do governo. Afinal, se o governo não consegue economizar o suficiente para pagar seus compromissos, ele recorre a medidas como aumento dos impostos e corte nos gastos que não são obrigatórios, como investimentos públicos, viagens e material de consumo de ministérios. 

 

 

No entanto, o que há em comum entre a família do exemplo acima e o governo é que ambos precisam economizar e gerar mais renda para que possam voltar a guardar dinheiro e investir naquilo que desejam.

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Agora que já esclarecemos o que significa Meta Fiscal, vamos ver como as medidas adotadas pelo governo podem afetar nossa vida.

Como vimos, gastar menos do que se ganha é importante para que o Governo consiga pagar suas dívidas e posteriormente investir no crescimento do país e bem estar da população. Nesse sentido, quanto menor for a diferença entre receita e arrecadação (resultado primário), menor será a autonomia do governo para gastos com saúde, educação, infraestrutura etc.

Mas se o governo não consegue economizar o suficiente para arcar com suas despesas, terá de recorrer a algumas ferramentas de política fiscal que certamente refletirão em nossa vida. Por exemplo, uma das ferramentas mais usadas por governos nesta situação é o aumento de impostos, o que gera impacto negativo tanto para as famílias quanto para as empresas. O mesmo acontece quando o governo opta por cortar gastos que não são obrigatórios, como investimentos públicos na saúde e na educação.

Outro impacto importante das medidas que o governo vem anunciando para reduzir sua despesa recai sobre a aposentadoria, uma vez que o governo está estudando uma proposta de idade mínima para que o trabalhador se aposente. Além disso, o governo sinaliza com o corte de subsídios e incentivos dados a diversos setores da economia que ajudaram muitas empresas a desonerar suas folhas e com isso abrir mais vagas de empregos. Tais medidas geralmente agravam o cenário recessivo no curto prazo e podem acarretar mais desemprego e queda na renda.

Soma-se a tudo o que vimos aqui o risco de elevação nas taxas de juros para pegar empréstimos ou comprar parcelado e a redução na oferta e na qualidade do serviço público.

Talvez você se pergunte se não há outra alternativa de o governo pagar suas contas que não seja por meio do corte de gastos que prejudique tanto a população. Na verdade há, mas aí já é história para outro texto.

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