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Volumes recordes de bitcoin nas exchanges mundiais

No último dia do mês de outubro foram negociados 9,5 milhões de bitcoins nas exchanges mundiais. Um recorde absoluto até então. Mas hoje, dia 3 de novembro de 2016, o volume total das últimas 24 horas já ultrapassou 14 milhões. Mais um recorde quebrado. E a cotação passou de US$ 740, testando as máximas do ano – cerca de US$ 760 alcançados em junho.
Por  Fernando Ulrich
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No último dia do mês de outubro foram negociados 9,5 milhões de bitcoins nas exchanges mundiais. Um recorde absoluto até então. Mas hoje, dia 3 de novembro de 2016, o volume total das últimas 24 horas já ultrapassou 14 milhões. Mais um recorde quebrado. E a cotação passou de US$ 740, testando as máximas do ano – cerca de US$ 760 alcançados em junho.

Vejamos alguns gráficos para ilustrar a realidade atual do mercado de bitcoins.

O volume diário definitivamente rompeu com todos os recordes anteriores e segue em tendência de atingir novos picos.

Em termos mensais, os volumes de negociação no último ano estão claramente acima dos anos anteriores. Outubro não bateu a marca de março de 2016, mas, se considerarmos os últimos 30 dias, é plenamente possível que um novo recorde ocorra nos próximos dias.

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A foto do volume anual nem precisa de comentários. Apenas os 10 primeiros meses de 2016 tiveram um volume quase duas vezes maior do que todos os anos anteriores somados.

China. Esse é o pilar central dos altos volumes nas exchanges de bitcoin. A partir do fim de 2013, quando os chineses entraram definitivamente nesse mercado, os volumes têm sido majoritariamente gerados em exchanges chinesas.

Huobi e OKCoin têm dominado o mercado, detendo conjuntamente entre 65% a 95% das negociações diárias.

CNY/BTC é o principal trade há mais de dois anos. Nos últimos meses, a predominância chinesa nos altos volumes se consolidou ainda mais. Em 2016, os pares USD/BTC, EUR/BTC e GBP/BTC registraram não mais do que 8% do volume mundial total. A hegemonia das exchanges chinesas é inegável.

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Um dos fatores por trás da recente alta do bitcoin sem dúvida alguma é a depreciação do yuan que perdeu mais de 6% de valor no último ano. Apenas em outubro, a queda foi de 1,4%.

Otimismo com as soluções para a escalabilidade da rede com certeza ajudam. No mês passado, foi disponibilizada a nova versão do Bitcoin Core contendo a funcionalidade Segregated Witness (SegWit), que certamente ajudará no aumento de capacidade do sistema – em suma, a SegWit diminui o tamanho das transações, permitindo que a rede processe mais com a mesma capacidade.

Na contramão da tendência chinesa está o par USD/BTC que apresentou um volume mensal de nem 1 milhão de bitcoins em setembro e outubro. Há mais de dois anos não ocorria um mês com tão baixo volume em dólares.

O fato é que o hack da Bitfinex deixou muitos traders ressabiados, afetando as negociações em todas as exchanges. A queda dos volumes coincide com o roubo da Bitfinex que, por sinal, era (e ainda é) a principal Exchange para negociações em dólares com cerca de 30% do mercado. Apesar de ter perdido market share, em outubro ainda foi responsável por 20% das negociações.

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Não se surpreenda se novos recordes forem quebrados até o fim do ano. Bitcoin is on fire.

Fernando Ulrich Fernando Ulrich é Analista-chefe da XDEX, mestre em Economia pela URJC de Madri, com passagem por multinacionais, como o grupo ThyssenKrupp, e instituições financeiras, como o Banco Indusval & Partners. É autor do livro “Bitcoin – a Moeda na Era Digital” e Conselheiro do Instituto Mises Brasil

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