Publicidade
SÃO PAULO – A ação do Banco Pine (PINE4) disparou 100% nos últimos cinco pregões, saindo de R$ 2,51 para R$ 5,02 às 16h07 (horário de Brasília) após receber recomendações de compra. O volume de compras e vendas também chama a atenção.
Em julho, o volume médio diário negociado de PINE4 foi de R$ 618,5 mil. Já nos pregões dos dias 2 e 5 de agosto, foram movimentados R$ 12,6 milhões e R$ 14,9 milhões respectivamente. Só nessas duas sessões a alta dos papéis foi de 53%.
O desempenho das ações foi tão atípico que a própria B3 pediu esclarecimentos.
Continua depois da publicidade
Segundo a companhia, o otimismo dos acionistas se deve à implementação de um novo modelo de negócios que visa ao aumento da base de clientes. Além disso, argumenta, o Pine quer pulverizar riscos e aumentar o retorno da sua operação principal, digitalizando jornadas e canais.
Outro motivo citado pelo próprio banco é a venda de ativos como imóveis e títulos recebidos como pagamento de safras anteriores.
Seja sócio das melhores empresas da Bolsa: abra uma conta na Clear com taxa ZERO para corretagem de ações
Continua depois da publicidade
Contudo, o analista da Eleven Financial Research, Carlos Daltozo, alerta que há dois anos o banco Pine sofre com a sua carteira de clientes. “A empresa vem apresentando prejuízos e atua no segmento corporativo, que performa mal mesmo nos grandes bancos. Só o Bradesco teve algum crescimento no corporate“, avalia.
Daltozo entende que os danos causados ao banco pelos seus financiamentos para agronegócio e energia tornam o case de investimento nos seus papéis bem complicado.
“O Pine trocou todos os executivos no ano passado. Não é uma empresa para a qual vejamos um processo de virada no curto prazo”, explica. Assim, quem quiser investir deve estar bastante ciente dos riscos de aportar capital nas ações.