Gráficos ainda apontam tendência de alta para o Ibovespa mesmo com tombo de quase 5% em três dias

Os 99.000 pontos do Ibovespa que foram rompidos semana passada passaram a ser considerados como resistência para os próximos pregões

Anderson Figo

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SÃO PAULO — O Ibovespa fechou esta segunda-feira (26) em queda pelo terceiro dia, acumulando perdas de 4,72% no período. O tombo, que derrubou o índice dos 101.201 pontos para 96.429 pontos, ainda não atingiu um nível que determine uma inversão da tendência de alta.

Essa é a visão da analista técnica Pam Semezzato, da corretora Rico. Segundo ela, o gráfico diário o Ibovespa “mostra um movimento de correção da tendência primária que é de alta e que só acenderia uma luz de alerta caso perdesse o suporte [patamar em que o índice costuma atrair compradores] de 89.800 pontos — que traçou fundo em maio deste ano.”

Na sexta-feira, o Ibovespa perdeu o suporte dos 99.000 pontos e, no pregão de hoje, deu continuidade na queda testando o suporte de 96.000 pontos. Com isso, segundo a grafista, o índice se aproximou da média móvel aritmética (resultado de uma média dos preços de um ativo em um determinado período) de 200, “que se mantém inclinada para cima e que pode ser um primeiro ponto de atenção para novas compras”.

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Seguindo a lógica da análise técnica, o que era suporte, depois de rompido, vira resistência (patamar que geralmente atrai vendas). Então, os 99.000 pontos do Ibovespa que foram rompidos semana passada passaram a ser considerados como resistência para os próximos pregões.

“Caso o Ibovespa rompa o suporte dos 96.000 pontos, o próximo suporte do índice está em 93.500 pontos”, diz a analista. “No gráfico semanal, temos uma LTA (linha de tendência de alta) desde inicio de 2016, que foi testada algumas vezes e que o Ibovespa está se aproximando com a queda dessas três últimas semanas. O teste nessa LTA pode ser um ponto de atenção para possíveis retomadas na tendência de alta.”

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Análise técnica

Chamada de análise gráfica por alguns, ela parte do pressuposto de que tudo o que pode ser medido acerca do desempenho futuro de uma ação já está precificado.

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Desse modo, os movimentos diários do papel teriam um componente muito maior de percepção psicológica dos investidores sobre se está caro ou barato, subiu demais ou caiu demais, do que de fundamentos. 

As operações em análise técnica, então, são guiadas a partir de um estudo do gráfico do preço da ação, verificando quais patamares de preço geralmente atraem vendas (resistências) e quais outros atraem compras (suportes). 

Outras ferramentas da análise técnica incluem o Índice de Força Relativa (IFR), que cruza dados de preço de fechamento com volume negociado de ações, projeção de Fibinacci e análise de médias móveis.

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