Havaianas fará um movimento audacioso para crescer, diz CEO da Alpargatas

Companhia conseguiu cumprir objetivos traçados no segundo trimestre, com aumento de preços e resolução de problemas na alfândega

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Após apresentar um aumento de receita líquida de 15,7% no terceiro trimestre, a diretoria da Alpargatas (ALPA4) projeta uma manutenção no bom ritmo de crescimento da companhia. Em teleconferência realizada nesta segunda-feira (12), o presidente da empresa, Márcio Utsch, apontou como principal destaque no período, o aumento no volume de vendas da Alpargatas.

No terceiro trimestre deste ano, a companhia apresentou um aumento no volume das vendas de 8% em relação à 2011, atingindo 71,01 milhões de unidades vendidas. Apesar do volume dentro do Brasil ter avançado 10,4%, fora do país este setor mostrou queda de 7,5%, influenciado principalmente pelo recuo de 19,1% nas vendas na Argentina.

Outro ponto destacado por Utsch foi a queda no valor do preço da borracha nos últimos meses, o que diminui os custos de produção. Porém, a empresa não foi mais beneficiada pelo fato porque a commodity é comprada em dólares, que atualmente está em um valor maior que o do último ano, quando era cotada em média a R$ 1,70, contra uma média atual acima de R$ 2.

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Projeções cumpridas e projetos futuros
No segundo trimestre, a companhia se comprometeu a aumentar os preços de seus produtos, além de projetar uma alta no volume de vendas de suas marcas e na normalização das vendas de calçados Mizuno – que estavam presos na alfândega.

Com os números deste terceiro trimestre, a Alpargatas mostrou que cumpriu suas projeções, com significativo aumento de vendas, além de uma alta de 2,5% a 10% no preço de seus produtos.

Para os próximos meses, a Alpargatas está preparando uma expansão da marca Havaianas, com novos produtos. Ultsch explicou que o projeto está sendo bastante estudado e que pretende ser audacioso.

Vale lembrar que a marca já possui calçados fechados e outros produtos. Além disso, a finzalização da nova fábrica da companhia deve ajudar nos próximos resultados, com uma previsão de maior eficiência e produção voltada para o mercado de mix (produtos com maior valor agregado e de produção com duração maior).

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.