Carreira internacional não é mais prioridade para jovens na escolha da empresa

Estabilidade na economia brasileira e outras oportunidades de viajar fizeram com que o item caísse para a nona posição

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Ao escolher um emprego, os jovens brasileiros priorizam a oportunidade de crescimento de carreira, o desenvolvimento profissional e o ambiente agradável de trabalho, segundo indicou a 8ª Edição da Empresa do Sonhos dos Jovens, da Cia de Talentos. Já o item carreira internacional caiu para o nono lugar, após figurar entre os cinco primeiros em 2005, e ficar em oitavo em 2008.

De acordo com a gerente de projetos da entidade, Danilca Rodrigues Galdini, essa queda entre as preferências ocorreu porque, antes, os jovens acreditavam que uma expatriação pela empresa era a única forma de ter uma vivência no exterior. “Antes a carreira internacional tinha o sentido de viver uma outra cultura e crescer profissionalmente. Hoje quem prioriza isso é porque quer mudar de país”, explica.

Experiência estrangeira

Porém, isso não significa que não haja desejo por esse tipo de vivência ou valorização no mercado de uma experiência no exterior. “Os jovens sabem que vivência em outro país ajuda no desenvolvimento pessoal e profissional, mas agora eles têm mais oportunidades de sair, sem ser por meio da empresa”, diz.

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Danilca lembra que, atualmente, há mais facilidade para fazer uma viagem ao exterior e que os jovens podem planejá-la de forma mais tranquila. Além disso, o aumento dos investimentos das empresas no Brasil aumentou as possibilidades de crescimento. “Os jovens podem crescer profissionalmente (dentro de uma grande corporação) sem a carreira internacional. A economia mais estável também permite um planejamento e os brasileiros estão estudando mais no exterior”.

Além disso, a gerente explica que, anteriormente, os brasileiros possuíam um interesse maior em empresas multinacionais, sendo que, nos últimos anos, nacionais como Petrobras, Natura e Itaú passaram a chamar mais atenção daqueles que estão iniciando a vida profissional.

Com relação ao ano passado, quando a carreira internacional estava em oitavo lugar na preferência, a crise econômica influenciou na queda. “Os jovens têm clareza sobre os impactos da crise na carreira e as oportunidades lá fora estão iguais ou piores do que no Brasil”, afirma.

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Ao mesmo tempo, Danilca afirma que essas mudanças na economia e nas preferências do jovem não significam que eles recusariam uma expatriação. “Isso depende da pessoa, do país. Mas os brasileiros são muito abertos a isso e, inclusive, têm mais facilidade para se adaptarem e entenderem outras culturas”, considera.