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SÃO PAULO – O percentual de mulheres jovens e idosas que trabalham no Brasil é maior que o registrado em países europeus como Alemanha e Espanha e está próximo ao apresentado pelos Estados Unidos, segundo indicou a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, divulgada nesta sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Em cada 100 brasileiras, 52 estavam ocupadas ou procurando trabalho em 2008, principalmente aquelas que possuíam entre 15 e 19 anos (42,5%). O percentual das jovens é maior do que o apresentado em países como Alemanha, Espanha e França, onde as mulheres ocupadas representavam 27,8%, 24,8% e 11,4%, respectivamente, da população feminina entre 15 e 19 anos.
O índice brasileiro também é similar ao apresentado pelos Estados Unidos, de 43,7%, e maior que outros países latino-americanos, como Argentina (22,3%) e México (24,9%).
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A taxa de frequência escolar desse grupo também é alta, de 70%, o que, segundo o IBGE, indica que elas têm de conciliar estudo, trabalho e afazeres domésticos.
Idosas trabalhando
Já considerando a taxa de mulheres idosas que trabalham, o percentual brasileiro também está acima que o registrado em muitos países. O Brasil, juntamente com o México e a Argentina, se destaca no cenário internacional, com um índice em torno de 20%.
Enquanto isso, países europeus já citados apresentam taxas abaixo de 10%, devido ao fato de possuírem sistemas de proteção social mais eficientes, que garantem maior bem-estar à população idosa.
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Mulheres ocupadas
A análise de proporção de mulheres ocupadas entre 1998 e 2008, segundo a PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), mostra que a participação delas no mercado de trabalho brasileiro passou de 42% para 47,2%. O aumento foi verificado em todas as faixas etárias analisadas, exceto entre as meninas de 10 a 15 anos, que registrou queda ao passar de 11,5% para 6,4%.
Ainda assim, os homens ocupavam o mercado de trabalho com mais destaque no ano passado. Entre os meninos com idade entre 10 e 15 anos, 12,6% trabalhavam, o que revela a entrada precoce no mercado de trabalho. Entre aqueles de 16 a 24 anos, 67,6% estavam ocupados, enquanto entre as mulheres na mesma faixa etária esse índice era de 46,5%.