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SÃO PAULO – Mais de 90% dos CEOs brasileiros classificaram como as quatro competências mais importantes em um profissional o espírito colaborativo (97%), a criatividade e a inovação (95%) e, empatados, a capacidade de desenvolver e liderar pessoas (94%) e de antecipar e gerir riscos.
Os dados constam da 4ª Pesquisa de Líderes Empresariais Brasileiros, extraídos dos dados da 11ª Annual Global CEO Survey, fundamentados numa amostra de cerca de cem entrevistas realizadas no Brasil, sob a coordenação da PricewaterhouseCoopers.
A amostra abrange empresas de vários setores de atividade com, no mínimo, cem funcionários e faturamento superior a US$ 500 milhões. No total, participaram 1.150 CEOs de 50 países, entre setembro e novembro do ano passado.
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Competências essenciais
Confira o ranking de competências e qualidades considerados essenciais pelos CEOs brasileiros:
Competência | Percentual de votos |
Espírito colaborativo | 97% |
Criatividade e inovação | 95% |
Capacidade para desenvolver e liderar pessoas | 94% |
Habilidade para antecipar e gerir riscos | 94% |
Combinação de conhecimento técnico e de negócios | 93% |
Capacidade analítica | 91% |
Domínio de idiomas | 91% |
Capacidade de se adequar a mudanças | 89% |
Espírito crítico | 89% |
Experiência global | 72% |
Segundo os CEOs brasileiros, os dois atributos mais difíceis de encontrar são “domínio de idiomas” e “experiência internacional”. A explicação pode estar no fato de a globalização ser um processo relativamente recente para a maioria das empresas brasileiras.
No resto do mundo, o atributo mais difícil é a combinação de conhecimento técnico e de negócios. Além disso, ao menos 60% dos CEOs apontam também a experiência global, a habilidade de liderar e desenvolver pessoas e a criatividade e a inovação como características raras.
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Investimento em treinamento e desenvolvimento
Segundo a PWC, para endereçar esse desafio, os líderes empresariais brasileiros, assim como seus pares em todo o mundo, disseram que estão investindo em treinamento e desenvolvimento (97%) como forma de suprir os aspectos que a educação formal não garante.
Contraditoriamente, um estudo realizado pelo instituto Saratoga revela que a maioria das posições-chave ainda são preenchidas por candidatos externos, o que significa que as empresas podem estar negligenciando seus próprios talentos.
Vantagem competitiva
Na visão dos CEOs (diretores executivos) ao redor do mundo, suas principais fontes de vantagem competitiva são os talentos que dispõem, o atendimento aos clientes e a capacidade de adaptação a mudanças.
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Eles consideram como uma das grandes ameaças ao crescimento de suas empresas o déficit de profissionais com habilidades específicas. Foram citados como obstáculos para a gestão eficiente de pessoas as mudanças organizacionais que não refletem nos resultados, prejudicada pela média gerência; as barreiras organizacionais; as falhas na comunicação e a política interna.