Meirelles avalia que PIB positivo se deve às medidas do governo contra a crise

Presidente do BC alerta que é preciso administrar com sabedoria os mercados cambiais para manter crescimento

Anderson Figo

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SÃO PAULO – O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, declarou nesta sexta-feira (11) que o resultado positivo do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre deveu-se às medidas adotadas pelo governo brasileiro para enfrentar a crise econômica. No entanto, o presidente do BC alertou para que o governo continue se atentando para os movimentos da economia do País.

“É o momento de mantermos a linha, continuarmos trabalhando duro. Tem muita coisa a fazer. Não é hora de baixar a guarda. É hora de sabermos que estamos no caminho certo, vamos persistir e continuar trabalhando sério e duro”, afirmou.

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a economia brasileira teve alta de 1,9% entre abril e junho deste ano, o que caracteriza a saída do Brasil da recessão. O resultado ficou melhor do que o esperado pelo mercado, que previa alta de 1,7%.

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“Saiu com o crescimento mais forte do que a maioria dos países. Aliás, dados preliminares indicam que o Brasil é um dos líderes, talvez o líder do crescimento de saída da recessão já no segundo trimestre”, afirmou Meirelles.

Fatores importantes

O principal ponto destacado pelo presidente do BC foi o crescimento da produção, liderado pela indústria (+2,1%) que foi o setor que mais sofreu os efeitos da crise.
Meirelles ainda destacou que o Brasil sai da crise impulsionado pelo consumo das famílias devido ao resultado da manutenção da capacidade de compra da população.

“Isso mostra que as medidas tomadas pelo governo brasileiro para enfrentar a crise foram tomadas na medida certa, na hora certa e com um diagnóstico correto. Isso é reconhecido hoje no mundo todo. O Brasil é considerado já um caso modelo de sucesso de enfrentamento da crise”, declarou Meirelles.

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Alerta

O presidente do BC advertiu que é preciso manter o crescimento macroeconômico do País e administrar com sabedoria os mercados cambiais, mantendo o câmbio flutuante e acumulando mais reservas em moeda estrangeira.

“Manter o clima favorável para que os investimentos retomem rapidamente esta margem de crescimento confortável que temos hoje sem desequilíbrio e a economia continua a crescer no momento adequado. Em resumo, manter uma política que está dando certo”, concluiu.