Lula nega campanha antecipada por Dilma e critica oposição

Para presidente, barulho feito pela oposição é devido a razões políticas; já partidos opostos ao governo planejam nova ação

Tainara Machado

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SÃO PAULO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta sexta-feira (26) que esteja fazendo campanha antecipada por sua candidata à Presidência, a ministra Dilma Rousseff. Para Lula, o governo tem o dever de prestar contas sobre em quais obras estão sendo investidos os impostos pagos pela população, e que o barulho feito em torno das inaugurações é devido a razões políticas.

Em relação à decisão de multá-lo em R$ 10 mil por propaganda antecipada em janeiro tomada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Lula disse que seus advogados entrarão com recurso. “Espero que a multa seja anulada, uma vez que, no meu entendimento, não houve nem tem havido campanha antecipada, nem dissimulada. O fato concreto é que todo esse barulho é feito pela oposição por razões políticas”, disse em entrevista ao jornal A Tarde, de Salvador. 

Enquanto isso, DEM, PSDB e PPS vão ao TSE questionar evento realizado na quinta-feira (25), em Osasco, no qual o presidente ironizou multa de R$ 5 mil imposta pelo Tribunal por supostamente ter feito campanha para Dilma durante inauguração de obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). 

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Descompatibilização
Durante a entrevista, o presidente ainda afirmou que espera “crescimento acelerado” para a candidatura de Dilma Rousseff quando ela deixar o cargo, o que deve ocorrer até o dia 2 de abril. “Livra das obrigações do governo, que não são poucas, ela terá todo o tempo livre para as articulações e posteriormente para se dedicar de corpo e alma à campanha”, afirmou.

Nesta sexta-feira, outro pré-candidato, o governador de São Paulo, José Serra, afirmou que irá deixar o cargo no dia 31 de março. Os partidos aliados a ele, como PSDB, DEM e PPS pretendem realizar a festa de lançamento da pré-candidatura no dia 10 de abril.  

Além de Serra e Dilma, Aécio Neves também deve deixar o governo de Minas Gerais para candidatar-se ao Senado ou, possivelmente, ocupar o cargo de vice na chapa do PSDB.