Lula quer união da base aliada para evitar obstrução nas votações do pré-sal

Em "semana estratégica" para as votações, debate sobre os royalties segue gerando polêmica entre senadores

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SÃO PAULO – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado em não cometer nas votações do pré-sal o mesmo erro da votação da CPMF (Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira) em 2007. Na época, por falta de unidade entre os senadores da base aliada nas votações, PMDB e DEM conseguiram extinguir o imposto. Pensando nisso, o presidente cobrou esforços para que a situação não se repita.

Segundo declaração da líder do Congresso no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC), à Agência Brasil, desta vez os governantes estão prontos para aprovar os projetos de lei dentro do prazo estipulado, até o final de maio. Ela acredita que os senadores tucanos e democratas deverão prolongar ao máximo as sessões de votação das medidas provisórias 472 e 473, que acontecem nesta terça-feira (4) e quarta-feira (5), respectivamente. O objetivo da oposição será obstruir a pauta para reduzir o quorum e inviabilizar as votações.

Salvatti, porém, mostra-se otimista quanto a vitória neste “teste de fogo”, afirmando que está é uma semana estratégica para as votações do pré-sal. A senadora destacou que uma eventual divisão na base aliada pode trazer severos impactos aos senadores candidatos às eleições de outubro.

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Royalties
A questão dos royalties, por sua vez, continua gerando polêmica nas votações. Renan Calheiros, líder do PMDB, afirmou que o assunto não pode virar “moeda eleitoral”, ressaltando que esse debate deve ser transferido para depois das eleições de outubro.

Entretanto, para Valter Pinheiro, do PMDB de Mato Grosso do Sul, a repercussão da questão dos royalties entre os prefeitos pode mudar o comportamento da base aliada – fazendo com que qualquer previsão sobre o resultado das votações e seu prazo seja prematura. “Para Pinheiro, caso os prefeitos se mobilizem durante as votações do Senado, tudo pode mudar.