Eleições: sem estorno, têm problemas para aceitar doações com cartão

Para Abecs, item é o principal entrave para que as doações com cartão de crédito sejam efetuadas nestas eleições

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SÃO PAULO – De olho nas eleições, a Abecs (Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços) encaminhou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), na terça-feira (27), uma carta solicitando a revisão da questão envolvendo o estorno nas doações por cartão de crédito, em função de fraudes.

Segundo informações da Agência Brasil, o diretor da Abecs, Rômulo Dias, considera esse item como sendo o principal entrave para que as doações com cartão de crédito sejam fortemente efetuadas nestas eleições.

“Fica complicado, porque as credenciadoras são apenas um meio para repassar o dinheiro e não podem dar um dinheiro que não receberam. Do jeito que está, a credenciadora fica a ver navios”, afirmou Dias.

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Pela resolução do TSE, ficam proibidas as doações por cartão de crédito que se valerem de estorno. No entanto, Dias prevê mudanças nesse cenário.

Problemas
O diretor da Abecs sustenta que a internet corrobora para o alto número de fraudes nas doações. “Com a máquina, a fraude acontece bem menos, é mais fácil controlar. Além disso, as fraudes geralmente acontecem com transações de maior valor, pois, se a pessoa vai fraudar, já aproveita para dar um golpe maior”, explica.

Ainda assim, doações com cartões corporativos ou internacionais também estão proibidas, o que aumenta o número de percalços. “As credenciadoras não têm informações se o cartão é corporativo ou internacional, quem tem são os bancos ou as bandeiras”, afirma o diretor.

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O problema, revela Dias, já está sendo solucionado com a criação de sistemas que transferem esse tipo de dados entre as bandeiras e as operadoras. “Buscamos uma solução porque achamos que a preocupação do TSE é válida”, completou.

Futuro
Sem citar números, Dias crê que 
o sistema de doação será implantado com sucesso ainda este ano “É muito prematuro fazer qualquer juízo se [a doação com cartão de crédito] vai pegar. Agora, estamos apenas preocupados em seguir a determinação da Justiça”, disse.