Acordo grego dá estabilidade temporária para os mercados internacionais, diz Banif

Mesmo assim, para o banco, visão para julho segue pessimista pois "ainda não há evidências de recuperação no curto prazo"

Edilaine Felix

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SÃO PAULO – Embora continue com uma visão negativa para o mercado internacional neste mês, o Banif ressalta que a estabilidade temporária trazida com o acordo grego, poderá suceder em um mês de julho “menos negativo” que junho.

Para o banco, enquanto permanecer em aberto a tensão política ligada ao resultado final da dívida grega, já que as medidas recentemente aprovadas garantem apenas o recebimento de uma das parcelas de ajuda do FMI (Fundo Monetário Internacional) e da União Europeia, e o segundo pacote de ajuda deve ser negociado até setembro, os indicadores econômicos da Zona do Euro desempenharão um papel secundário.

Devido à falta de uma solução rígida para o país, a equipe de análise do banco aponta que o “maior temor não é se a Grécia vai sucumbir ou não, mas se irá espalhar o problema para outros países, pertencentes a lista de economias problemáticas”.

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Outras economias
Apesar do alívio, por ora, advindo do noticiário grego, o Banif destaca que não há nos Estados Unidos evidências de recuperação no curto prazo, especialmente enquanto as taxas de desemprego permanecerem em níveis altos.

No Japão, apesar da redução no preço das commodities, juntamente com a queda nas taxas dos títulos de 10 anos dos EUA, segundo os analistas, a recuperação ainda não aconteceu. Para a China, o Banif encontra incertezas e acredita que o aumento potencial da inflação poderá trazer “estresse” para o mercado.