Em discurso na ONU, Dilma Rousseff deve criticar espionagem dos EUA

Denúncia de espionagem da NSA levou presidente brasileira a cancelar visita ao país marcada para outubro

Carolina Gasparini

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SÃO PAULO – A presidente Dilma Rousseff fará o discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) nesta terça-feira (24), e especula-se que criticará a espionagem norte-americana, denunciada pelo jornalista Glenn Greenwald a partir de documentos vazados pelo ex-espião americano Edward Snowden.

Dilma chegou em Nova York na véspera, e reuniu-se com o ex-presidente norte-americano e com Cristina Kirchner, presidente da Argentina em encontros separados. Além disso, Dilma finalizou seu discurso que abrirá a Assembleia e deve trazer a visão da presidente sobre a espionagem. Nesta manhã, às 9h30 (horário de Brasília), Dilma encontrará Ban Ki-moon, secretário-geral das Nações Unidas e às 10h abrirá a Assembleia Geral com seu discurso.

Segundo a agenda da presidente disponibilizada pelo Planalto Central, durante a tarde ela participará da abertura do Foro Político de Alto Nível sobre Desenvolvimento Sustentável e se encontrará com o presidente da Telefónica, Cesar Alierta.

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A espionagem do gabinete da presidente e da Petrobras (PETR3, PETR4) gerou muita discussão no Brasil, levando Dilma a cancelar a visita de Estado que faria aos EUA em outubro. Esta seria a terceira vez que um mandatário brasileiro seria recebido no país em visita de Estado, que envolve honras militares, baile de gala e hospedagem na Casa Branca – o último chefe de governo brasileiro a ser recebido com tal protocolo foi Fernando Henrique Cardoso, em 1995.