Após falar “só louco investe no Brasil”, presidente da CSN diz que Marina é “boa opção”

Enquanto defende a candidata do PSB, Benjamin Steinbruch diz que Dilma é uma presidente que "se distancia da realidade"

Rodrigo Tolotti

(Divulgação)

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SÃO PAULO – Benjamin Steinbruch, presidente da Fiesp e da CSN (CSNA3), já tinha sido polêmico no mês passado quando afirmou que “só louco investe hoje no Brasil”, e agora decidiu falar sobre o cenário das eleições. Segundo ele, Marina Silva (PSB) “é uma boa opção para o Brasil andar para frente”, enquanto vê Dilma Rousseff (PT) como uma presidente que “se distancia da realidade”, mas que pode “sair vencedora” se corrigir as “más experiências”.

As informações são do jornalista Kennedy Alencar, que cita uma entrevista do executivo para o SBT. Steinbruch disse que o que importa mais na hora de escolher um presidente é sua equipe e não somente a pessoa. “Ninguém vai conseguir fazer nada sozinho. Então, depende muito de quem forem os escolhidos para ajudar a Marina ou a presidente Dilma no próximo governo. Eu acredito que vale muito mais o time do que a pessoa em si”, disse.

Diferente do que muitas pessoas dizem sobre a pessebista, o executivo não acha Marina Silva “uma incógnita”. Enquanto isso, sobre Aécio ele indica que ainda não há como perder as esperanças, mas que ele ficou para trás após a entrada de Marina. “Tinha uma oportunidade boa. Estava construindo uma campanha forte. Foi atropelado, como todos, por uma onda. Ainda não terminou. Vamos ver qual é o final da história”, afirmou.

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Já sobre a atual presidente, Steinbruch disse que Dilma “tenta acertar”. “[Dilma] fez do jeito que achava certo, tentando acertar, mas, na verdade, faltou discussão, faltou entendimento, faltou convergência com o mercado”, afirmou. “Talvez pela maneira dela ser dura com as pessoas, inibe aqueles que a cercam de falar a verdade ou de levar os problemas para ela”, completou.

O empresário ainda falou que o desemprego deve ser um dos principais temas das campanhas no segundo turno. “Se a gente não fizer algo, e rápido, o desemprego vai estar aí. A gente vai ter um segundo turno discutido em torno de demissões”, disse. Ele ainda mostrou afirmou que teme que não haja mais tempo para o próximo presidente fazer um ajuste gradual na economia. “Já estou achando que vai ter que ser mais agressivo. Quanto mais a gente retarda esses ajustes, mais drásticos eles têm que ser”, completou.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.