Ex-diretor da Petrobras aceita devolver R$ 70 milhões aos cofres públicos

Além de delatar os participantes do esquema de corrupção, Costa renuncia aos valores mantidos em contas bancárias e investimentos no exterior, que totalizam US$ 25,8 milhões, sendo boa parte deste valor mantido na Suíça e que deverá ser devolvido aos cofres públicos

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – De acordo com acordo de delação premiada que assinou com o Ministério Público, o ex-diretor da Petrobras (PETR3;PETR4), Paulo Roberto Costa, aceitou devolver aos cofres públicos cerca de R$ 70 milhões entre dinheiros e bens por conta de sua participação em crimes envolvendo a estatal. 

Ele também se comprometeu a pagar uma indenização no valor de R$ 5 milhões. Além de delatar os participantes do esquema de corrupção, Costa renuncia aos valores mantidos em contas bancárias e investimentos no exterior, que totalizam US$ 25,8 milhões, sendo boa parte deste valor mantido na Suíça e que deverá ser devolvido aos cofres públicos. 

O ex-diretor também se comprometeu a devolver bens que foram comprados com o dinheiro da atividade criminosa: uma lancha de R$ 1,1 milhão; um terreno em Mangaratiba de R$ 3,2 milhões; um veículo recebido do doleiro Alberto Youssef no valor de R$ 300 mil; e o dinheiro apreendido na casa do ex-diretor durante a Operação Lava Jato (R$ 762,2 mil; US$ 181,4 mil e 10,8 mil de euros).

Continua depois da publicidade

O juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, concedeu ontem prisão domiciliar a Costa. Conforme o juiz, caberá a Polícia Federal (PF) fiscalizar o cumprimento das normas da prisão domiciliar. Costa está preso na Superintendência da PF em Curitiba e deverá ser transferido para o Rio de Janeiro, onde tem residência.

O benefício foi solicitado pela defesa de Costa para assinar o acordo de delação, no qual ele citou nomes de políticos que receberam propina do suposto esquema investigado na operação.

(Com Agência Brasil)

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.