Dilma afirma que PSDB cria “oposição ridícula” entre as regiões do País

Candidata também atacou Armínio Fraga, afirmando que ele - considerado o nome de Aécio para a Fazenda - "não gosta do salário mínimo"

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Com agenda lotada para a campanha de segundo turno, a presidente Dilma Rousseff (PT) participou de evento na Bahia nesta quinta-feira (9) e voltou a atacar o partido de oposição, PSDB. Citando as recentes declarações de Fernando Henrique Cardoso – que afirmou que os eleitores votam errado por não terem educação -, a candidata disse que os tucanos criam uma “oposição ridícula” entre o Sudeste e o Nordeste.

Dilma voltou a dizer que o discurso de Aécio Neves é conservador e que o “povo precisa lutar pelas conquistas dos últimos 12 anos”. “É uma visão preconceituosa e elitista. [Estão] dizendo que meus votos são os dos ignorantes e dos letrados são os deles. Eles não andam no meio do povo, não dão importância ao povo. Querem desqualificar, destilar um ódio mal resolvido”, disse a petista.

Mais tarde, ainda no mesmo evento, Dilma voltou a falar sobre esse preconceito que estaria sendo criado por seus adversários. “Somos um povo vocacionado a ter menos preconceito, a ser mais flexível. Por isso é muito grave quando dizem ‘votaram nesse projeto [do PT] porque as pessoas são desinformadas’. Isso é conversa velha. Me orgulha muito esse voto daqui do Nordeste”, disse ela, desta vez em discurso para prefeitos.

Continua depois da publicidade

Assim como tem feito nos últimos dias, Dilma voltou a a critica o economista Armínio Fraga, presidente do Banco Central durante o segundo mandato de FHC e apontado como ministro da Fazenda de Aécio. O tema das acusações desta vez foi o salário mínimo. “Uma coisa grave é que eles implicam com o salário mínimo. Esse senhor… não gosta do salário mínimo. Eles acham que o salário mínimo é recessivo. Isso é um escândalo”, afirmou.

Sobre o assunto, Armínio rebatou a fala da presidente, dizendo que não é verdade. “Trata-se de um absurdo, que repilo com veemência. Ela está mal informada ou distorce os fatos”, afirmou o economista em nota.

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.