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SÃO PAULO – O divórcio entre a senadora Marta Suplicy e o PT ganhou mais um capítulo na terça-feira (12). O diretório do partido em São Paulo decidiu por unanimidade que irá à Justiça Eleitoral, com base na jurisprudência da fidelidade partidária, pedir pelo mandato da senadora, que se desfiliou da legenda em 28 de abril depois de criticar a corrupção descoberta no escândalo da Operação Lava Jato e a gestão da própria presidente Dilma Rousseff, além de dizer à imprensa que “ou o PT muda ou acaba”.
Segundo o site Congresso em Foco, o PT recorre ao entendimento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para defender que o mandato de senador pertence ao partido, e não à parlamentar ou a chapa que a elegeu. Outra demanda seria de que o suplente de Marta, Paulo Frateschi, seja imediatamente empossado.
Marta, por sua vez, usou as redes sociais para dizer que não se intimida com a movimentação do partido e que lutará para manter seu cargo em “todas as instâncias judiciais e fora delas também”.
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Em litígio com a legenda com a qual tem identificação histórica, Marta usou sua coluna semanal na Folha de S. Paulo para criticar o PT e a política econômica da presidente Dilma Rousseff por diversas vezes.
Na nota em que divulga a decisão de requerer o mandato da senadora, o partido disse que ela se recusou a dialogar com a direção a respeito das suas insatisfações. “Marta formalizou sua desfiliação do partido movida unicamente por interesses eleitorais e desmedido personalismo”, diz a nota.
As apostas no meio político são de que a senadora se filie ao PSB para disputar a prefeitura de São Paulo em 2016 contra o petista Fernando Haddad.
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Leia a nota oficial do PT
“Em reunião realizada na segunda-feira (11) na sede do Diretório do PT-SP, a Comissão Executiva Estadual aprovou, por unanimidade dos presentes, requerer na Justiça Eleitoral o mandato da senadora Marta Suplicy.
Após sucessivas recusas em dialogar com a direção do PT sobre as razões de suas supostas insatisfações, Marta formalizou sua desfiliação do partido movida unicamente por interesses eleitorais e desmedido personalismo.
O PT nunca cerceou as atividades partidárias ou parlamentares da atual senadora, ao contrário disso, Marta Suplicy foi sucessivamente prestigiada ao longo dos anos, com o apoio da militância e das direções, sendo eleita deputada federal, prefeita, senadora e nomeada duas vezes ministra de Estado.
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O aperfeiçoamento da nossa democracia passa pelo fortalecimento da fidelidade partidária e pelo respeito à vontade do eleitor. Os projetos pessoais e as conveniências do oportunismo eleitoral não podem se sobrepor aos projetos coletivos, que lhe dão abrigo, e nem deformar a vontade do eleitor expressa nas urnas.
São Paulo, 12 de maio de 2015.
Emidio de Souza
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Presidente do Diretório Estadual PT-SP”
Leia a resposta oficial de Marta divulgada no Facebook da senadora
“Lutarei, com todas as minhas forças, para a manutenção do mandato de senadora que o povo de São Paulo me conferiu.
Foi para melhor desempenhá-lo, e em nome de seu pleno exercício, que solicitei minha desfiliação ao Partido dos Trabalhadores.
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Minha luta se dará em todas as instâncias judiciais e fora delas também.
Tenho certeza que os mais de 8 milhões de eleitores que manifestaram sua vontade, e me honraram com seus votos, não serão frustrados em sua vontade e soberania popular.
Continuarei lutando pelos mesmos princípios que sempre nortearam minha vida, bem como minha atividade parlamentar oriunda da representação política de meu mandato”.
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