“Não significa nada”, diz Lula sobre o rebaixamento do Brasil para “junk”

"Isso não significa nada. Significa que apenas a gente não pode fazer o que eles querem. A gente tem que fazer o que a gente quer", afirmou o ex-presidente na Argentina

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Na Argentina, o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o corte de rating pela Standard & Poor’s “não significa nada”. “Isso não significa nada. Significa que apenas a gente não pode fazer o que eles querem. A gente tem que fazer o que a gente quer”, afirmou, de acordo com agências de notícias. 

Ele ainda disse que “achar muito engraçado” que a S&P agência de risco tenha tomado essa decisão e criticou que essas agências não usam os mesmos critérios para “países quebrados da Europa”. “Engraçado como uma agência de rating pode medir a dor de barriga na América do Sul”.

“Ministros não devem governar apenas para as agências de ‘rating’. Precisam pegar na mão dos pobres”.

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Lula ainda fez críticas ao ajuste, dizendo que ela traz “perda de salário, de emprego e miséria”. “Me assusta a visão de que no primeiro sintoma de crise se fale em ajuste”, afirmando que as experiências de ajuste levaram vários países ao empobrecimento. 

Lula participa de um seminário de responsabilidade social em Bueno Aires e foi anunciado como um dos maiores estadistas do mundo, sendo bastante aplaudido. Bernardo Kliksbery, presidente do Congresso, apresentou o ex-presidente como aquele que enfrenta atualmente “uma direita conservadora que tem medo que ele volte a ser presidente do Brasil”.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.