Dilma: governo não vai interferir em posição da base aliada sobre impeachment

Perguntada sobre a unificação da posição do PSDB em apoio à abertura de processo de impeachment, Dilma disse que não se surpreendeu

Equipe InfoMoney

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A presidente Dilma Rousseff disse hoje (11) que o governo lutará contra o processo deimpeachment. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PSMB), aceitou o pedido de abertura. Segundo a presidente, o governo não pretende interferir na posição dos partidos da base aliada do governo no Congresso durante o andamento do processo, mas vai trabalhar pela manutenção de seu mandato.

“O governo não tem o menor interesse em interferir nem no PT, nem no PMDB, nem no PR. Agora, o governo lutará contra o impeachment”, disse a presidente a jornalistas, em entrevista após a entrega do 21º Prêmio Direitos Humanos, no Palácio do Planalto.

PSDB
Perguntada sobre a unificação da posição do PSDB em apoio à abertura de processo de impeachment, Dilma disse que não se surpreendeu com a decisão do partido, principal opositor de seu governo. “Não é nenhuma novidade, não é possível que os jornalistas aqui presentes tenham ficado surpreendidos. Aliás, a base do pedido e das propostas do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, é o PSDB, sempre foi. Ou alguém aqui desconhece esse fato? Porque senão fica uma coisa um pouco hipócrita da nossa parte, nós fingirmos que não sabemos disso”.

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Sobre a relação com o vice-presidente Michel Temer, a presidente reforçou que os dois tiveram uma conversa “pessoal e institucionalmente muito rica” na última quarta-feira (9), após a polêmica em torno da carta com queixas enviada pelo vice a ela. “Colocamos a importância de todos os nossos esforços em direção à melhoria da situação econômica e política do país”.

Economia
A presidente evitou comentar divergências internas no governo sobre a meta fiscal para 2016 e disse apenas que o assunto está sendo discutido. Perguntada sobre a ameaça de demissão do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, caso o governo defenda meta zero, Dilma disse que não responderia a perguntas “com grau 90 de subjetividade”. O ministro defende superávit de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano.

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