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SÃO PAULO – O vice-presidente Michel Temer tem reconhecido a aliados que teria se precipitado ao enviar a “carta-desabafo” à presidente Dilma Rousseff no início de dezembro, em que se queixou de seu papel no governo e falou que sempre foi um “vice decorativo”.
Pelo menos é o que ele tem afirmado a aliados, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo de hoje. Um aliado, diz o jornal, cita a afirmação do vice de que poderia ter redigido a carta de maneira diferente.
Um dos exemplos é o trecho em que o vice reclamou a Dilma sobre o fato de não ter sido convidado para o encontro com o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no início de 2015. Um interlocutor próximo a Temer diz que o peemedebista poderia ter se manifestado de forma diferente, dizendo que Dilma rebaixou o Brasil ao tratar com um vice-presidente, quando a diplomacia estabelece que presidente fala com presidente.
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O vice estaria tentando reconhecer que agiu por impulso em meio a uma forte pressão de peemedebistas por uma posição mais dura dele em relação ao impeachment, o que não faria parte de seu comportamento político. Neste momento, ele não repetiria a fórmula, que acabou desgastando-o.
A avaliação de que Temer errou é emitida por aliados em meio a movimentos dele e de Dilma para diminuir a tensão na relação entre eles. Na semana passada, o vice disse que o país precisa de “muita harmonia” e que o Ano-Novo é o momento certo para que haja uma relação mais harmoniosa nas bancadas do PMDB e entre ele e a presidente.
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