Dona de agência ligada ao PT negocia delação na Lava Jato e Acrônimo, diz revista

Segundo a Época, os investigadores querem saber até que ponto as informações da publicitária podem complicar a vida do Planalto

Paula Barra

Publicidade

SÃO PAULO – A Época informa nesta sexta-feira que Danielle Fonteles, dona da agência Pepper Interativa, está em conversas avançadas com investigadores para fechar acordo de delação premiada, podendo ajudar tanto na Operação Lava Jato como Acrônimo, que investiga o governador mineiro Fernando Pimentel (PT). 

Para a Acrônimo, Danielle promete entregar informações sobre o governador, sua mulher, Carolina Oliveira, e o empresário Benedito de Oliveira. Na Lava Jato, ela poderia explicar recursos de caixa dois em campanhas do PT que foram provenientes das empreiteiras Andrade Gutierrez, OAS e Queiroz Galvão.

Segundo a revista, os investigadores querem saber até que ponto as informações da publicitária – que ficou muito próxima de um dos principais assessores e coordenadores das campanhas de Dilma Rousseff, podem complicar a vida do Planalto.

Continua depois da publicidade

A agência de comunicação cresceu na esteira das duas campanhas de Dilma à Presidência da República. Na metade do ano passado, ela foi alvo da Operação Acrônimo da Polícia Federal. A agência criou uma conta secreta na Suíça para movimentar o dinheiro de um contrato de fachada com a filial da Queiroz Galvão em Angola.