Dilma já se mostra conformada em não chegar até 2018; para ministros, crise é incontornável

Informações são da coluna de Mônica Bergamo; "eu tenho que combater o bom combate. Ganhar ou perder é o resultado", tem afirmado Dilma

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em meio ao ambiente de turbulência política, a presidente Dilma Rousseff já está reagindo de uma maneira mais conformada quando confrontada com o diagnóstico, feito até por ministros da equipe dela, de que o governo pode não chegar ao final, segundo informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. “Eu tenho que combater o bom combate. Ganhar ou perder é o resultado”, afirma, segundo a colunista.

Segundo a colunista, é nítido e consensual entre os ministros do núcleo mais próximo da presidente que o governo não chega até 2018, que dizem que ela, na verdade, está serena. A certeza de que crise política deve se tornar incontornável tomou conta de boa parte dos petistas depois de receberem informações de que as construtoras podem detalhar, nas delações premiadas, contribuições por meio de caixa dois para a campanha da presidente de 2014. Ontem, o jornalista  Fernando Rodrigues, do UOL, afirmou que um importante executivo da companhia Andrade Gutierrez “entregou fartos detalhes – inclusive comprovantes – sobre a campanha de 2014 de Dilma Rousseff”.

Por fim, a Odebrecht chegou a enviar recados para a presidente, antes mesmo de Marcelo Odebrecht ser preso, ressaltando que os dados bancários da Suíça poderiam revelar que o marqueteiro das últimas campanhas João Santana havia recebido recursos no exterior. A ideia seria que Dilma tentasse evitar que essas informações chegassem ao Brasil. Porém, tanto o marqueteiro quanto a sua esposa, Mônica Moura, teriam garantido e tranquilizado a presidente de que não havia nada irregular no exterior em relação às contas da campanha presidencial.  

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.